As bolsas “da discórdia”: a cena acima foi o motivo da batalha judicial entre Louis Vuitton e Warner Bros. ©Reprodução
Não é possível ganhar sempre, nem mesmo quando se é um dos maiores impérios do mercado de luxo internacional. Nesta segunda-feira (18.06), foi anunciada a derrota da Louis Vuitton em uma batalha judicial contra a Warner Bros., outra gigante, mas da área do entretenimento. Em dezembro de 2011, a marca francesa, integrante do grupo LVMH, iniciou um processo contra o estúdio americano alegando que em uma das cenas do filme “Se Beber, Não Case! Parte II”, protagonizado por Bradley Cooper e Ed Helms, foram usadas bagagens falsas, que imitavam o logo da grife.
A decisão, dada por Andrew Carter, juiz federal de Nova York, considerou as alegações da Louis Vuitton “não plausíveis”, ou tampouco “particularmente convincentes”. De acordo com o magistrado, a cena em questão, em que o personagem Alan, vivido por Zach Galifianakis, carrega uma bagagem com os logos da marca francesa, incluindo as letras “LVM”, e fala ao companheiro de viagem: “Cuidado, isto é uma Louis Vuitton”, pronunciando o nome da grife de modo incorreto, não causa confusão ao consumidor, conforme aduzido pela mesma.
Em sua petição inicial, a Louis Vuitton demandava parte dos lucros do filme e “danos triplos”, além da destruição de todas as cópias de “Se Beber, Não Case! Parte II”. O juiz, no entanto, recusou as alegações e não concedeu indenização alguma à grife. Em comunicado para o “WWD”, os representantes da Louis Vuitton afirmaram: “Estamos profundamente desapontados com a decisão da corte. […] Continuamos comprometidos à proteção da nossa marca, e permaneceremos vigilantes em nossos esforços para prevenir o uso inapropriado e enganoso da nossa marca registrada, a favor dos nossos clientes”.
– A cena de “Se Beber, Não Case! Parte II”:
Em abril de 2012, a Louis Vuitton ganhou uma causa muito mais razoável: em um caso proposto contra empresas asiáticas especializadas na falsificação ou cópia de produtos e símbolos desenvolvidos pela marca francesa e que, além do plágio, lucravam ilegalmente milhões com essa atividade.