Karl Lagerfeld é uma pessoa que não gosta de se voltar para o passado. Certa vez, ele disse ao jornalista Tim Blanks: “No momento em que eu termino uma [coleção], preciso pensar na próxima. É um diálogo ininterrupto e, se você não está pronto para ter um diálogo ininterrupto com a moda, é melhor procurar outro trabalho”. Mas, apesar dessa aversão ao passado, a história do kaiser da moda gera muito interesse, tanto que seu legado se transformou no objeto de uma exposição retrospectiva que será inaugurada neste sábado (28.03), no museu Bundeskunsthalle, em Bonn, na Alemanha, país de origem do estilista. A mostra fica em cartaz até o dia 13 de setembro.
Intitulada “Karl Lagerfeld, Modemethode“, a exposição tem curadoria assinada por Amanda Harlech e Rein Wolfs e se estende por toda a obra de Lagerfeld como designer, começando pelo casaco amarelo criado em 1954 e com o qual ganhou o prêmio da International Wool Secretariat até suas recentes coleções para Fendi e Chanel. No total, são 126 peças de roupas, além de acessórios, croquis e ilustrações.
A mostra traz ainda uma reprodução idêntica da mesa de trabalho do estilista alemão, lado a lado com as criações feitas para cada uma das grandes grifes que comandou: Chloé, Fendi e Chanel. Na parte dedicada à Chloé, o visitante poderá ver seus elegantes looks dos anos 1970, assim como vários itens surrealistas. Já na seção da Fendi estão muitas peles e uma parede com as mais icônicas bolsas de Lagerfeld para a marca, incluindo a célebre Baguette. Por fim, uma série de vestidos de Alta-Costura e ready-to-wear compõe a porção da Chanel na mostra.
Veja algumas fotos da exposição retrospectiva de Karl Lagerfeld em Bonn, na Alemanha, na galeria.