Último desfile sob direção criativa de Gaultier ©Reprodução Pascal Le Segretain
Não importa que Helmut Lang tenha doado quase todo seu arquivo para exibições de arte ou tenha destruído mais de 6 mil peças de sua autoria: a Hermès quer ele para ocupar o lugar de diretor criativo do feminino da marca, que é responsável por apenas 10% do volume de negócios, mas que tem todo um significado diante da mídia especializada e na história recente da moda.
Quando Jean Paul Gaultier saiu da marca, em 2010, a Hermès colocou Helmut Lang na lista de favoritos para substituir Gaultier. Porém, de acordo com o site Fashionologie, assim que a maison francesa cortejou o designer austríaco, ele recusou, alegando que queria continuar com sua recém-descoberta carreira de artista, ao invés de estilista. Com a resposta negativa, a Hermès investiu em Christophe Lemaire.
E já que o assunto é Hermès, recentemente outro porta-voz da marca fez sua declaração sobre as investidas da LVMH em comprá-la. Pierre-Alexis Dumas, diretor artístico do grupo, declarou a “W” disse que “Hermès cresceu em uma cultura familiar, com um conjunto de valores no qual todos nós acreditamos. Estou convencido de que isso desapareceria se essa dimensão familiar se afastar ou for diluída. Sabe, existiram vários ótimos pequenos restaurantes em Paris que foram comprados por grandes cadeias ao longo dos anos, geralmente em nome de uma melhor administração. Mas de alguma forma os clientes pararam de frequentar, porque eles haviam perdido suas almas… Toda essa situação tem sido um incentivo para trabalhar ainda mais. Eu disse a todos, ‘Ouçam, caras – é hora de ser mais Hermès do que nunca”.
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