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    Gilda Midani abre nova loja em São Paulo; relembre entrevista publicada no FFW
    Gilda Midani abre nova loja em São Paulo; relembre entrevista publicada no FFW
    POR Redação

    A loja de Gilda Midani na rua Oscar Freire, 236, abre na quinta-feira (04.04) ©Divulgação

    Na quinta-feira (04.04), Gilda Midani abre nova loja nos Jardins, em São Paulo. A “transfusão”, como a estilista define, da rua da Consolação para o número 236 da Oscar Freire vem com a parceria de Paulo e Bernardo Jacobsen, que assinam o projeto arquitetônico. Por fora, o espaço é uma grande caixa preta revestida com tábuas carbonizadas de madeira; por dentro, há cimento queimado e cortinas de veludo de seda, que a própria Gilda trouxe de Paris. Nas araras, as peças confortáveis e sofisticadas criadas em processo que garante exclusividade a cada uma delas – para saber mais sobre a marca, relembre a matéria que o FFW publicou originalmente em agosto de 2011, quando a designer passou por São Paulo para fotografar os lookbooks da sua então recém-lançada linha masculina. A conversa foi breve, mas rendeu: Gilda cobriu do início da carreira aos planos de expansão, passando pela ética na cadeia produtiva da indústria da moda. Confira:

    Sobre seu interesse pela moda: “Sempre fui atraída por roupas, desde pequenininha; quando lembro de cenas da minha infância, sempre lembro também da roupa que eu estava usando. Esse interesse não foi necessariamente uma influência de família, mas tenho boas lembranças da minha mãe costurando pra mim. Mas eu nunca me dei conta de faria isso, que trabalharia com moda; só hoje é que percebo isso. Vi recentemente um vídeo do Steve Jobs em que ele fala que a nossa história é contada de trás pra frente, não de frente pra trás – é uma coisa que a gente só vê depois, quando vai juntando os pontinhos, sabe?”

    Sobre o início da grife Gilda Midani: “Foi uma coisa muito natural; comecei fazendo figurinos de teatro e ópera e quando vi, estava fazendo experiências com técnicas que eu havia aprendido. E eu precisava viver… pensei: ‘O que eu posso fazer pra ganhar um troco?’. Estava na Califórnia e comecei a fazer umas peças em clima totalmente hippie, vendendo em feira de arte. Daí uma amiga que tinha um showroom em Paris falou que ia me representar, e foi assim que começou, foi muito orgânico”.

    Sobre sustentabilidade, ética e o DNA da marca: “A preocupação com a sustentabilidade é uma característica minha, da minha pessoa, e isso com certeza aparece muito no meu trabalho, mas eu não deixo isso ser um limitador da minha criação. Mas uma coisa que é importante falar sobre esse assunto é que ele é um conceito que vai muito além do que só ‘tecidos’, como muita gente pensa; sustentabilidade é uma nova forma de falar de ética. A origem, por exemplo, é muito importante – e isso não é só falar se o algodão usa ou não agrotóxico; é falar também se a pessoa que trabalha esse algodão ou que costura a peça é bem paga, e por aí vai. Isso é uma postura minha de ética, correção, justiça. Mas também não é algo que eu divulgue, não uso isso como ferramenta de marketing. Não quero ser como um povo da moda que tira foto na canoa com índio e acha que isso é ser ecológico”.

    Sobre a cadeia produtiva na moda: “Ainda nem li exatamente o que foi essa polêmica da Zara, mas esses casos surpreendem alguém? Se você vê uma roupa em uma loja dessas e essa roupa custa só cinco dólares, você sabe que na mão-de-obra tem alguém se dando mal. São as novas máfias se aproveitando de um mundo miserável”.

    Sobre a produção da grife Gilda Midani: “Minha produção é toda feita no Brasil. Grande parte da matéria-prima vem de São Paulo; a confecção é feita em Minas Gerais, que é onde eu acho que é a cultura de mais capricho no Brasil; o tingimento é feito em São Paulo e Rio de Janeiro, e a finalização, de lavagem e secagem, é feita sob o sol do Rio. É um trabalho bem complexo – por isso o preço das peças é alto”.

    Sobre a linha masculina e novos planos de expansão: “Na minha primeira coleção, que foi lançada na Europa, era só camisetas, e eram cerca de 60% pra mulher e 40% pra homem. Mas mais do que o gender, o que eu quero é criar coisas iconográficas; o que importa não é o sexo ou a idade, é a pesquisa de matéria-prima e como eu aplico isso em formas. No meu trabalho é natural que eu queira expandir o que eu faço pra outros formatos, como a linha que eu também quero fazer de roupa infantil. O problema é a questão da logística: fazer, promover, divulgar, daí tem que ter espaço na loja… isso impede que as coisas se movam mais rápido. Mas essa coleção masculina é da mesma natureza, é farinha do mesmíssimo saco. Só que as mulheres reclamavam muito que não tinha roupa pros maridos – apesar de que muitos homens até usavam peças da coleção feminina”.

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