O FFW Models é o novo projeto da casa que mapeia o mercado brasileiro de modelos e apresenta tudo o que diz respeito a esse universo de tops e new faces, incluindo notícias quentinhas, entrevistas exclusivas e os últimos lançamentos de campanhas e editoriais. O destaque, no entanto, fica com os rankings atualizados trimestralmente, contabilizados por meio de um rigoroso sistema de pontuação e que devem servir como nova referência e termômetro para os profissionais da indústria nacional. O projeto é de autoria do fotógrafo Higor Bastos, que há anos está envolvido no universo das modelos.
A plataforma, que tem coquetel de lançamento na segunda-feira (28.10) durante o SPFW Inverno 2014, pretende servir como agitador e incentivador da área, impulsionando o contínuo desenvolvimento do segmento. Acesse aqui o FFW Models e conheça abaixo um pouco sobre a evolução do mercado brasileiro de modelos.
“Estou há 15 anos vivendo isso todos os dias da minha vida, e posso te assegurar que a palavra “gigantesca” parece pequena pra descrever as mudanças que aconteceram”, diz Anderson Baumgartner, sócio-diretor da agência Way Model Management, sobre o desenvolvimento do mercado de modelos no Brasil. “Tudo está muito melhor; tivemos uma evolução de profissionalismo em todas as áreas que é muito impressionante”, ele completa. De fato, se hoje o Brasil é reconhecidamente uma potência na criação de top models e tem representantes como Gisele Bündchen, que segundo a “Forbes” é a modelo mais bem paga do mundo com faturamento de 42 milhões de dólares no último ano, além de Adriana, Alessandra, Caroline, Isabeli, Izabel e Raquel, meninas tão famosas que nem precisam de sobrenome, é por causa do amadurecimento da indústria como um todo. Muita coisa mudou, e muito rapidamente, como destacam profissionais de renome da moda nacional:
“Todo o mercado se profissionalizou, os cachês aumentaram, a carreira internacional é muito mais valorizada, há o respeito de todos sobre a profissão de uma modelo, e hoje o Brasil faz parte do calendário da moda no mundo, graças ao SPFW” – Denise Céspedes, sócia-diretora da Ford Models Brasil, e ela mesma uma modelo de sucesso antes de assumir a agência, contabilizando um total de 29 anos no mercado.
“Hoje existem setores dentro das agências para moda e para trabalhos mais comercias tipo publicidade. Há também uma orientação por parte das agências de como conduzir a carreira, o momento de mudar a cor do cabelo, de emagrecer, etc…” – Flavia Lafer, stylist, há 26 anos trabalhando com moda.
“A internet aproximou muito os mercados. As tops são mais valorizadas hoje com o maior acesso às informações, por causa dos sites como o models.com, que é o mais respeitado de modelos, ou o style.com, em a modelo faz o desfile e logo depois está lá a foto com o nome dela. Os clientes estão sempre ligados; as pessoas que trabalham com moda são muito bem informadas. Hoje trabalhos comerciais estão mais fashion, por causa do acesso à internet, e mesmo os clientes populares procuram fazer uma coisa mais voltada pra moda. O cliente quer as modelos que estão nas revistas, campanhas, quer saber quais desfiles ela fez lá fora” – Laura Vieira, booker da Mega Partners, departamento de imagem da Mega Model, há 18 anos no mercado.
“As modelos brasileiras foram reconhecidas lá fora, e isso gerou mais interesse das meninas em serem modelos. Depois da Gisele, o que antigamente era ser miss, hoje em dia é ser modelo. Pra nós, melhorou muito, porque temos 10, 12 boas agências no país. Quando comecei a trabalhar, eram duas! A exportação de modelos, vamos dizer assim, faz com que elas aprendam mais; elas trabalham fora e vêm com outra postura. Hoje em dia é muito mais sério, elas são meninas de business, super profissionais, não existe mais modelo baladeira. É um business total, lá fora e aqui. E isso pra gente é ótimo, é profissionalismo pra todos os lados: pras modelos, pras agências, pros produtores” – Ruy Furtado, diretor de desfiles.
“Respeito é uma forte palavra pra definir a mudança, e o Paulo Borges contribuiu muito pra isso. Não estou puxando saco, mas ele várias vezes se reuniu conosco, das agências, pra melhorar o nosso estatuto, pra que a gente conseguisse colocar um respeito para os profissionais. Tipo ‘opa, espera aí. As modelos são uma peça muito importante pro seu desfile, vamos dar valor a elas’. Hoje, ser modelo é uma profissão. As pessoas te tratam como profissional e você tem que ser profissional. O que não acontecia; talvez antigamente ela contasse um pouquinho mais com a sorte. E isso pra todo mundo: ficou uma coisa muito maior do que era antes, e vejo isso diariamente, em todas as áreas da moda: quem não é profissional dança!” – Anderson Baumgartner, sócio-diretor da agência Way Model Management.