Por Paula Rita Saady, em Paris
Fila final do desfile da Carven Verão 2013 em Paris ©Paula Rita Saady
Para muita gente, Carven ainda não significa muita coisa. Mas pode guardar bem esse nome, pois essa é uma marca em ascensão na semana de moda francesa.
Ela está em um período de forte retomada após uma fase de decadência. Fundada em 1945 por Carmen de Tommaso, a Carven andava esquecida e se revitalizou com a chegada do estilista Guillaume Henry (ex-Givenchy e Paule Ka), na direção criativa da marca.
Guillaume Henry, diretor criativo da Carven ©Paula Rita Saady
Seu estilo ultra feminino e prático logo conquistou o coração das francesas, como o da apresentadora Charlotte Le Bon, que virou fã da marca. “São peças coringa, que funcionam a qualquer hora do dia e sempre valorizam a mulher”, disse ao FFW antes do desfile começar.
Um dos vestidos mostrados no desfile da Carven, em Paris ©Paula Rita Saady
Comercial sem cair no óbvio, a Carven se destaca em outro quesito: o preço – a peças são mais baratas do que seus concorrentes diretos, o que em época de crise pode ser um fator decisivo na compra. Resultado: você literalmente vê as roupas da marca nas ruas de Paris, e não apenas em editoriais de moda e celebridades.
Aglomeração no desfile da Carven, no Grand Palais, em Paris ©Paula Rita Saady
Nessa coleção, apresentada quinta (27.09) no Grand Palais, Guillaume buscou inspiração no encontro entre o Art Nouveau e tribos africanas ao som de reggae. As modelos desfilaram saias assimétricas, recortes em arabescos ou em forma de coração, em tons de bege e vermelho sangue. A clássica estampa toile de jouy veio moderna com imagens de safári e florestas de savana. Uma coleção romântica, urbana e curvilínea, recheada de peças atemporais. Tudo isso, somado ao apoio de editoras como Anna Wintour e Suzy Menkes, deixa claro que a Carven está destinada ao sucesso.
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