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    Fred Perry
    Fred Perry
    POR Redação

    John Flynn, manager director da Fred Perry ©FFW

    A primeira loja da Fred Perry no Brasil foi inaugurada nesta quarta-feira (18.06) no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Antes, a marca, fundada no final dos anos 1940 pelo tenista britânico Fred John Perry, ofereceu um jantar para o cônsul adjunto-geral do Reino Unido no país, Richard Turner, e uma grande festa na Lions Club.

    Em ambas as ocasiões, John Flynn, general manager da Fred Perry, esteve presente. O FFW conversou com ele e pôde conhecer mais sobre a história da marca, que nasceu intrinsecamente vinculada ao tênis, mas que hoje está associada também ao ciclismo, inclusive ao campeão olímpico Bradley Wiggins, e à música, tendo lançado coleções em parceria com a saudosa Amy Winehouse e a banda No Doubt, além de manter a plataforma Subculture, que divulga novos talentos.

    A camisa polo da Fred Perry, best-seller da marca, segundo Flynn, foi lançada em 1952 em Wimbledon, e logo se tornou um sucesso. Tal peça, entre as décadas de 1960 e 1970, foi febre entre os jovens britânicos, desde os skinheads aos adeptos do movimento northern soul. Depois de um período de ostracismo, recuperou parte de sua popularidade ao patrocinar o tenista escocês Andy Murray. Confira abaixo a entrevista que fizemos com Flynn, no showroom da Fred Perry:

    Qual o posicionamento e o alvo da Fred Perry e como a marca pretende adaptá-los ao Brasil?

    É difícil colocar uma idade em nosso público, claro que é um grupo jovem, mas para a nossa marca o foco é mais em atitude do que qualquer outra coisa. Então, temos um target muito elástico, mas, genericamente falando, nossos clientes estão entre os 25 e os 35 anos.

    Como vamos nos ajustar ao mercado brasileiro é difícil de responder. Não quero dizer de uma maneira ruim, mas, provavelmente, nós queremos apenas encontrar nossos consumidores e fãs que já estão no país. O Brasil é um mercado que muda rapidamente, não acho que vamos alterar muito aquilo que produzimos, creio que só vamos encontrar os consumidores que já temos aqui.

    E sobre os preços, como serão ajustados?

    Não conseguimos ajustá-los completamente, por causa dos tributos, mas eles terão uma pequena diferença, não mais que 20% por peça.

    Bradley Wiggins em imagem da campanha de sua coleção para a Fred Perry ©Reprodução

    Como a marca mantém sua identidade ao longo dos anos e, mesmo assim, continua moderna?

    A Fred Perry mantém sua identidade porque não faz nada que desaponte seu consumidor. Nós, por exemplo, não fazemos calças de denim, perfumes ou óculos escuros. Buscamos dar às pessoas o que elas esperam de nós. Manter-se fresco e novo é o maior desafio, continuar a mesma, mas não exatamente igual; então tentamos colaborar com gente interessante e fazer coisas também interessantes, como a coleção feita em parceria com [o ciclista britânico] Bradley Wiggins.

    Depois da parceria com Amy Winehouse, vocês já têm outras colaborações semelhantes em mente?

    Ainda estamos lançando as coleções da Amy Winehouse, temos uma para esta temporada e outra para a próxima; os rendimentos de ambas vão para a Amy Winehouse Foundation. Ocasionalmente, temos colaborado com músicos, então ainda estamos fazendo coisas especiais de tempos em tempos, fizemos algo com o No Doubt, nos Estados Unidos, por exemplo.

    Peças da coleção de Amy Winehouse para a Fred Perry ©Reprodução

    Como você acha que a Fred Perry, que tem um estilo tão britânico, se espalhou pelo mundo?

    Lá quando Fred Perry começou seu negócio, como ex-tenista [e tricampeão de Wimbledon], era fácil porque ele simplesmente telefonou para todas as pessoas com quem jogou e pediu para que vendessem suas roupas de tênis. Muito rápido, nesse tempo, a marca se tornou bastante global, só por ele telefonar para seus amigos. Mas, agora, acredito que a razão é a nossa associação com vários gêneros de música britânica.

    Mas alguns mercados serão sempre maiores que outros. Os Estados Unidos, por exemplo, é relativamente pequeno para nós, mas os países mais “fashion”, como o Japão ou os países da Escandinávia, são grandes mercados para nós.

    Quais são as peças-chave da Fred Perry? Para o Brasil, espera que se mantenham as mesmas?

    A camisa, número um. As roupas de malha e as jaquetas “Harrington”, logo depois. São peças bem modernas. No Brasil, esperamos que essa preferência se mantenha porque, antes de abrirmos a loja aqui, tivemos consumidores brasileiros procurando por tais produtos em lojas de outros países.

    A abertura da loja, neste momento, tem algo a ver com os eventos esportivos que acontecerão no Brasil?

    O momento vem quando vem, não sei se está particularmente ligado aos Jogos Olímpicos, porque acabamos de tê-los em Londres e não estou certo o quanto trazem em termos de negócios. O Brasil está construindo mais shopping, tentando atrair mais marcas internacionais, o que é difícil, em virtude da situação dos impostos, mas a tendência está acontecendo.

    O tenista escocês Andy Murray, que era patrocinado pela Fred Perry ©Reprodução

    Fred Perry era tenista e vocês patrocinavam o também tenista Andy Murray. Existem planos de apoiar algum esportista brasileiro?

    Nós éramos grandes patrocinadores do Andy Murray, mas ele mudou recentemente [para a Adidas], mas, no momento, estamos concentrados em nossa ligação com o ciclismo. Temos Bradley Wiggins, campeão olímpico e do Tour de France, e para nós, o ciclismo é o esporte mais fashion que existe, é muito próximo a Fred Perry em termos de estilo, cores e do jeito que se apresenta. Então, por enquanto, não temos planos de investir na próxima estrela do tênis brasileiro.

    Já há planos de abrir outras lojas?

    Esperamos que sim, ainda não sabemos onde, mas, com certeza, queremos. Antes, a primeira tem que ser um sucesso, no entanto.

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