A atriz Freida Pinto, como Miral
“Basquiat”, “Antes do Anoitecer” e “O Escafandro e a Borboleta” são três ótimos filmes do diretor Julian Schnabel. Se a gente for procurar um link em comum, não dá para deixar de mencionar os roteiros, a fotografia e a direção de arte. São filmes fortes, originais e com uma preocupação estética forte. São sempre muito bem fotografados, lindos.
O mesmo deve acontecer com “Miral”, novo longa do diretor, que estreou no Festival de Veneza e entrou em cartaz essa semana nos EUA, e que tem sido alvo de polêmicas. Israel já fez alguns protestos, especialmente porque a sede da ONU acolheu a estreia do filme. Muitas organizações judias acham seu conteúdo ofensivo. Em Veneza, Schnabel disse: “Senti urgência de falar sobre isso. É um conflito que precisa acabar. Sou um judeu americano, e por isso, uma boa pessoa para contar a história do outro lado”.
Poster do filme de Julian Schnabel
O filme é chamado de provocador porque trata do conflito no Oriente Médio e da criação do Estado de Israel sob o olhar de quatro mulheres palestinas. Uma delas é Miral, vivida por Freida Pinto (“Quem Quer Ser um Milionário”), a protagonista da história, que se envolve com um militante da causa palestina. O filme é baseado na vida da roteirista Rula Jebreal, que acompanhou todos os momentos da filmagem.
Vale a pena ver o trailer abaixo, algumas cenas já dão certo arrepio.
“Miral” ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.