Por Paula Rita Saady, direto de Paris
Flyer de divulgação da festa da Colette ©Divulgação
Este final de semana aconteceu o tão esperado Carnaval da Colette, que comemorou os 15 anos da famosa multimarcas parisiense. O evento mobilizou Paris, mas de carnaval, só tinha o nome, pois a atmosfera era completamente outra.
©Paula Rita Saady
Começando pela locação, uma tenda em pleno Jardins de Tuileries, que já havia sido utilizado para salões de moda durante a semana de moda. Lá dentro fazia calor, mas nada de confete e serpentinas. Em estreitos corredores lotados, stands de marcas hypes como Carven, Kenzo e Jeremy Scott propunham atividades lúdicas, tipo bola na boca do palhaço ou pescaria em troca de um souvenir. Filas enormes se formavam de estudantes embalados por música eletrônica, que disputavam para ganhar um broche ou um chaveirinho. Fora isso, tudo era pago – até o balão de gás da Colette, a publicidade da festa. A marca, que anunciou uma grande festa como um presente para a cidade, esqueceu de dizer que é a aniversariante que fica com o lucro.
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Nosso único representante brasileiro, a Melissa, foi também o único que representou o espírito carnavalesco. Com um stand ultracolorido em cortinas metálicas e neons, eles propuseram uma mini exposição da história da Melissa com as melhores colaborações da marca, como a sandália feita por Thierry Mugler, de 1983, e a mais recente, com Gareth Pugh. Diferente dos demais, eles não vendiam nada, apenas distribuíam as máscaras estampadas criadas pelo designer Kleber Matheus no melhor estilo Carnaval de Veneza reloaded, como ele já havia feito para a “AVAF” e “2 Fanzine”. Lindas, animaram a tarde, mas tiveram poucas oportunidades para serem usadas. Nesse evento comercial, não havia muito espaço para brincadeiras típicas de qualquer festa. Faltou mesmo o artista perfomático Rick Castro para ensinar com quantas Abravanations se faz um Carnaval de verdade.
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