Cartaz de divulgação da Mercedes Benz Fashion Week Madrid
Após a intensa cobertura do Fashion Rio e do SPFW, o FFW está agora em Madri, para conhecer a semana de moda espanhola, organizada pela Ifema – Feria de Madrid. Parece que a crise pela qual a Espanha passa, com o maior índice de desemprego em décadas, ainda não pegou a moda de jeito. O evento, que está em sua 55ª edição, passou por uma mudança de posicionamento e agora se chama Mercedes Benz Fashion Week Madrid, assim como a semana de Nova York, que também é patrocinada pela montadora de carros alemã.
Com isso, Madri alterou sua data e passa a acontecer duas semanas antes de Nova York, abrindo assim a temporada internacional, tanto na estação de inverno quanto na de verão. Essas mudanças mostram que o evento está buscando prestígio internacional, postura também visível na ênfase dada aos convidados da imprensa internacional; cerca de 40 jornalistas de diversas partes do mundo estão em Madri para acompanhar os desfiles. Do Brasil, além do FFW, também estão presentes o “Valor Econômico”, com Vanessa Barone, e o site Lilian Pacce, representado por Jorge Wakabara.
Looks da Duyos na Mercedes Benz Fashion Week Madrid ©Reprodução
E o calendário não é moleza! São 44 marcas desfilando em cinco dias (cerca de oito desfiles diários), das 10h às 21h, com uma breve pausa para o almoço. O line-up é bastante heterogêneo e engloba desde as grifes mais tradicionais, como Roberto Verino, até as mais jovens, como a Duyos, do ótimo estilista Juan Duyos. Entre as mais conhecidas, está Agatha Ruiz de la Prada. O último dia, domingo (05.02), é reservado aos novos estilistas, em uma mostra chamada Ego Fashion shows. Todos os shows são transmitidos ao vivo através do site oficial. Em sua última edição, o portal do evento contabilizou 74 mil visitas de pessoas que assistiram aos desfiles de seus computadores ou celulares e iPads.
E, diferentemente de todas as outras capitais fashion no mundo, os desfiles aqui não atrasam mais do que dez minutos. Um milagre, praticamente. Para isso acontecer, há não só uma grande organização nos bastidores, mas também simplicidade no que diz respeito à produção. Como os estilistas dividem-se em duas salas (em São Paulo são três, fora os desfiles externos), não há tempo para cenários mirabolantes. Eles acabam interferindo cenograficamente apenas na boca de cena, com pouquíssimos móveis, objetos ou projetos cênicos.
O evento começou nesta quarta (01.02) e ainda é muito cedo para tirar uma conclusão ou criar uma imagem, mas, se depender da gentileza dos espanhóis, do profissionalismo e do trabalho que estão fazendo para se tornarem relevantes perante Milão e Paris, a moda espanhola, através de seus melhores representantes, deve logo encontrar seu boom.
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