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    POR Redação

    Editorial da “Teen Vogue” de junho de 2012 ©Daniel Jackson/Reprodução

    A edição de 2013 do Torneio de Wimbledon, o mais antigo e tradicional campeonato de tênis, teve início nesta segunda-feira (24.06) no centenário All England Club, em Londres. Apesar de pertencer à categoria de Grand Slam (como são chamadas as principais competições do esporte) ao lado de Roland Garros, Australian Open e US Open, Wimbledon goza de um prestígio ímpar no circuito profissional, talvez por datar de 1877, ainda ser jogado na grama ou até por sua longa lista de regras, que inclui a exigência de todos os atletas utilizarem apenas uniformes brancos.

    A influência do Torneio de Wimbledon e do próprio tênis, no entanto, não se restringe apenas ao esporte. Desde a entrada da categoria feminina nos campeonatos, que em Wimbledon, por exemplo, aconteceu em 1884, o uniforme das jogadoras passou por mudanças que abrangem muito além de comprimento, cor e forma. Com a profissionalização do esporte, e o consequente aumento da competitividade, as atletas se tornaram “vitrines” para marcas do segmento, que, por sua vez, perceberam a necessidade de investimento em tecnologia para a evolução do desempenho em quadra. A preocupação com a estética, porém, manteve-se lado a lado com a performance técnica: assim como as raquetes deixaram de ser produzidas em madeira, as roupas das jogadoras mudaram para abranger beleza e eficiência.

    Suzanne Lenglen à esquerda, em 1930, e Alice Marble, à direita, em 1938 ©Reprodução

    À época de May Sutton, primeira vencedora não-britânica do Torneio de Wimbledon, em 1905, as saias eram longas e as blusas cobriam o cotovelo. A americana subverteu a tradição ao adotar uma camiseta de botões e, com mangas curtas, chocou os espectadores do campeonato que viria a ganhar. Já na década de 1920, a francesa Suzanne Lenglen encurtou as saias e trocou as até então populares viseiras por simples faixas de cabelo. Mais adiante, em 1932, Alice Marble, dos Estados Unidos, adotou os shorts em seu uniforme, escandalizando a sociedade e posicionando-se, mesmo que talvez involuntariamente, a favor da independência feminina. De lá para cá, as vestimentas das atletas encurtaram de forma explícita e algumas jogadoras até se tornaram sinônimo de elegância, dentro e fora das quadras, como a russa Maria Sharapova.

    Maria Sharapova em sua 1ª partida em Wimbledon 2012, na final de 2012 de Roland Garros e no Australian Open 2013 ©Reprodução

    Anteriormente a Sharapova e suas contemporâneas, das quais se pode citar a dinamarquesa Caroline Wozniacki, vestida pela linha de Stella McCartney para a Adidas, a sérvia Ana Ivanovic, que apesar da má fase dentro de quadra é apontada como uma das jogadoras mais bonitas de sua geração (e é patrocinada pela Adidas), e a chinesa Na Li, da Nike, outras atletas se destacaram por seu senso estético e sua ligação com a moda, como a também russa Anna Kournikova e a argentina Gabriela Sabatini. Sharapova, no entanto, é um caso à parte: tudo o que a jogadora usa é revertido em lucro. Em 2010, mesmo em um momento ruim da carreira, ela conquistou um contrato milionário com a joalheria Tiffany & Co para usar peças da marca em seus jogos.

    Caroline Wozniacki, vestida exclusivamente pela linha de Stella McCartney para a Adidas, e Ana Ivanovic, também patrocinada pela marca alemã ©Reprodução

    E o que falar da história da Lacoste? A marca foi criada pelo tenista René Lacoste em 1933 e até hoje patrocina profissionais do esporte, como o americano John Isner e o francês Richard Gasquet. Já a Ralph Lauren é responsável por toda a vestimenta dos árbitros e boleiros de Wimbledon até o ano de 2015 – algo pioneiro para o torneio, que nunca antes havia estabelecido parcerias com uma marca. A Hermès, em sua Primavera/Verão 2010, ainda sob o comando de Jean Paul Gautier, apresentou uma coleção inspirada unicamente no esporte, com destaque para as peças em cor branca, uma clara referência à tradicional regra de Wimbledon. Além da grife francesa, muitas outras já desenvolveram produtos inspirados no tênis, ou até mesmo voltados aos praticantes do esporte, como a Chanel, Prada, Hugo Boss, Stella McCartney, Michael Kors e Kate Spade. Em maio de 2012, inclusive, a Uniqlo, rede varejista japonesa, surpreendeu a todos ao anunciar um contrato de cinco anos com o sérvio Novak Djokovic, atual número um do ranking masculino.

    Já a Topshop, mais recentemente, em janeiro de 2012, anunciou uma parceria de longo-prazo com o tenista checo Tomas Berdych, que se tornou embaixador da varejista sueca dentro e fora das quadras. Assim como a Lacoste, aliás, a marca britânica Fred Perry, que inaugurou sua primeira loja no Brasil este mês, também foi criada por um jogador, Fred John Perry, tricampeão de Wimbledon, e que até 2009 patrocinava o escocês Andy Murray, vencedor da edição de 2012 do US Open e dos Jogos Olímpicos de Londres, realizado no mesmo ano.

    Coleção de Primavera/Verão 2010 da Hermès ©Reprodução

    Coleção de Primavera/Verão 2011 da Lacoste ©Reprodução

    O tênis, apesar de considerado um esporte de elite, é uma inspiração constante no mercado da moda, e não apenas em marcas de luxo. A já citada Uniqlo é exemplo disso, bem como a Farm e a AMP, que em suas recentes coleções trouxeram estampas com raquetes e outros ícones do tênis em suas peças. Mais que inspirar marcas, linhas ou coleções, o tênis e seus atletas são exemplos de elegância.

    A referência ao tênis no desfile (masculino) de Primavera/Verão 2013 da Prada veio a partir das faixas na cabeça das modelos ©Reprodução

    Coleção de Primavera/Verão de 2013 de David Koma ©Reprodução

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