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    Daphne Guinness se inspira em pintores para criar coleção de maquiagem
    Daphne Guinness se inspira em pintores para criar coleção de maquiagem
    POR Redação

    Daphne na campanha da coleção ©Reprodução

    A britânica Daphne Guinness está prestes a lançar sua coleção de maquiagens em parceria com a M.A.C – marcado para janeiro no exterior e ainda sem data para chegar aqui no Brasil. Ela já mostrou um preview no Twitter e, agora, contou um pouco de suas inspirações e processo criativos em uma entrevista para o style.com.

    A coleção, que traz pigmentos, batons, paleta de sombras e esmaltes, entre outros itens (são mais de 20 no total), tem tons de rosa acinzentado e inspiração na neblina e nas cores do rio Tâmisa. Confira trechos da entrevista e saiba como os artistas inspiram Daphne.

    O mundo da moda tende a reconhecer você pelas roupas que usa. Você geralmente experimenta uma abordagem artística similar com a maquiagem?

    Eu acho que é tudo parte da mesma coisa. Maquiagem não é algo que é um complemento. É sem fim. E eu não sei se é uma parte da moda ou algo do gênero. É parte da arte para mim. Eu não sou alguém que segue a moda, porque eu não sou jornalista. Eu não preciso saber o que está acontecendo. Eu apenas intuo, mais ou menos, as coisas.

    Os produtos ©Reprodução

    Mas a impressão é que sua relação com os estilistas significam muito para você. Você se preocupou que fazer uma linha de cosméticos não seria a mesma forma de colaboração?

    Eu fiquei nervosa e eu não precisava ter ficado, porque é exatamente a mesma coisa. Você se identifica com as pessoas ou não, eu fico muito feliz de admirar as pessoas pelo que elas fazem. Fiquei muito honrada de fazer a linha porque eu gosto de misturar coisas. Mas o mundo da moda não é o meu mundo de verdade. Se você voltar 20 anos, a moda não era o que é agora. Não era tudo sobre coleções, ou o que seja. Era sobre descobrir sua turma em uma boate, e eles estariam vestidos de uma forma. Eu acho que é uma coisa humana. Sabe, as tribos primitivas se vestiam de um jeito, se pintavam, com o intuito de se diferenciar das outras tribos. Eu acho que a paisagem passou a ser um pouco mais enlameada ultimamente. Eu não gosto de parecer com o que está por aí; isso na verdade me deprime. Minhas referências são pinturas. Eu sei que isso soa estranho…

    E quais foram as pinturas ou cores que você tinha em mente para a coleção da M.A.C?

    Era mais ou menos os rosas poeirentos da França pré-revolucionária. E algo do Rio Tâmisa e neblina, a luz do norte, que é bem diferente. Se você olhar para algumas aquarelas de Whistler, por exemplo, e algumas fotos de pontes sobre o Tâmisa, essas cores são lindas. É engraçado, as pessoas sempre pensam que Londres está na mesma latitude que Nova York, mas Nova York é como Madrid. Londres é bem mais frio, escurece às 3h30 da tarde, é sempre muito cinza.

    É um impulso imediato seu pensar em arte do passado para um projeto como esse?

    Não, eu olho para o futuro também. Sabe, eu acho que eu estou olhando para trás ultimamente, bastante. As pessoas tendem a pensar que Leonardo e Wistler tinham 60 anos quando eles tiveram suas ideias, mas eles tinham 21, sabe? Então a nova geração precisa tirar das pessoas a ideia que tudo que está acontecendo é realidade. Eu acho que toda essa coisa baseada na realidade é uma forma de movimento anti-arte, porque “realidade” e verdade são coisas diferentes. Chegamos ao ponto onde todo mundo quer realidade, mas, como seres humanos nós temos a capacidade de imaginar algo. Eu acho que é um aspecto de civilidade e acho que só um artista consegue mostrar isso. É como jardinagem, ou [William] Wordsworth, ele não via uma pedra e então fazia um poema sobre ela. Ele já tinha o poema na cabeça. Esse é o ponto.

     ©Reprodução

    Você viu isso como uma oportunidade de criar produtos ou cores que você tem vontade de que existissem há anos?

    Sim, sim. Foi a melhor coisa. Foi tão legal. Muitas das coisas que eu faço, eu farei porque é o que eu quero ter ou quero ver. Não é porque eu acho que todo mundo deveria ter. Eu sempre tentei imaginar cores que não existiam.

    Conte um pouco sobre suas preferências.

    Em um nível pessoal, eu gosto de cores que esfriam, mais ou menos como cores frias, mas não exatamente elas. Eu estava em busca de algo que pudesse esfriar uma paleta quente. Quer dizer, eu misturo as coisas.

    Algumas pessoas diriam que roupas são fundamentais, enquanto cosméticos não são – não se precisa de maquiagem per se. Você concorda?

    Eu acho que você pode fazer mais com maquiagem. Eu certamente fiz, mas é porque você pode se divertir se maquiando. Mas às vezes você está querendo uma coisa, mas na realidade sai outra completamente diferente. Artistas sabem que você consegue fazer uma cor parecer outra diferente pela cor que você coloca perto dela. Era isso o que Mondrian e Malevich estavam fazendo. É fascinante. As cores estavam todas lá, é só uma questão de afunila-las para elas começarem a fazer sentido em um bloco.

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