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    Caso de amor: conheça sete longas parcerias na moda
    Caso de amor: conheça sete longas parcerias na moda
    POR Camila Yahn

    1. Alexandre Herchcovitch + Maurício Ianês

    São Paulo, Brasil – 19/01/2009 - Desfile de Alexandre Herchcovitch Feminino durante o São Paulo Fashion Week  -  Inverno 2009. Foto: Marcelo Soubhia / Ag. Fotosite

    Isabeli Fontana no desfile de Alexandre Herchcovitch Inverno 2009, com styling de Mauricio Ianês ©Marcelo Soubhia/Agência Fotosite

    É a parceria mais longa da moda brasileira, com mais de 20 anos de colaboração. Herchcovitch e Ianês se conheceram em 1993 na pista do Sra. Krawitz, em São Paulo, quando Mauricio estava na faculdade de arte e Alê iniciava sua carreira. “Eu o ajudava numa reflexão, uma conceitualização de onde ele queria chegar. E ele tinha uma coisa de pesquisa, curiosidade técnica e vontade de transgredir”, conta Ianês em uma entrevista à “FFWMAG” 38. É ele quem assina todos os stylings de todos os desfiles de Alexandre e ainda participa do processo criativo dos desfiles como um todo, das coleções à trilha sonora. “ Trabalho em parceria com Maurício há 22 anos sempre como consultor e stylist. No início, estas nomenclaturas não existiam, mas o trabalho sempre teve a mesma importância independentemente do nome da função. Muitas vezes fico preso a uma idéia e sou engolido pelo dia-a-dia sem ter tempo de desvirtuá-la. Ele entra para sugerir novos caminhos para a mesma ideia, o que é extremamente frutífero. O mais importante desta parceria é que seu olhar fez com que minha visão por vezes ficasse menos banal, vulgar ou pop; em outras vezes reforçou alguns aspectos propositalmente escolhidos como forma de expressão”, diz Herchcovitch.

    2. John Galliano + Pat McGrath

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    Três momentos do desfile de John Galliano Verão 03, com beleza de Pat McGrath ©Reprodução

    No mundo da moda, um nasceu para o outro. No auge do maximalismo gallianesco na década de 90 até o início dos anos 2000, John encontrou em Pat a parceira que precisava para dar vida às suas criaturas. Olhos lotados de cristais, maquiagens temáticas, glitter, aplicações, grandes transformações… A beleza dos desfiles de Galliano e da Dior durante seu reinado era um assunto à parte e revelava o talento extraordinário de McGrath. O ápice dessa colaboração sem limites criativos foi a coleção de John Galliano Verão 2003, inspirada no Holi Festival e em Leigh Bowery. O rosto e o corpo inteiro das meninas foram pintados, adesivos e acessórios aplicados inspirados nos costumes indianos enquanto bexigas coloridas criavam moicanos gigantes. “Ele realmente sabia como brincar com maquiagem. Lembro-me de uma modelo que tinha 10 pares de cílios postiços em cada olho, quilos de sombra e os maiores e mais lustrosos lábios que já fiz”, lembra McGrath em uma entrevista ao site da “Vogue”. Segundo ela, John sempre dizia: “Nós não estamos fazendo um desfile de praia. Isso não tem nada a ver com beleza natural”. Os dois voltaram a trabalhar juntos recentemente após Galliano ter assumido a direção criativa da Maison Margiela.

    3. Karl Lagerfeld e Michel Gaubert

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    A banda Vive la Fête toca ao vivo no desfile da Chanel Verão 2003, com direção de som de Michel Gaubert ©Reprodução

    Gaubert é um dos diretores de som mais famosos da cena fashion. Ele está por trás das trilhas dos principais desfiles, como Balenciaga e Dries Van Noten, mas ficou bastante conhecido por conta de sua longa colaboração com Karl Lagerfeld.

    Eles se conheceram no final dos anos 70 quando Michel trabalhava como vendedor de discos na loja Champs Disques, frequentada por Lagerfeld. Na década de 80 virou DJ do Le Palace, um dos lugares quentes de Paris na época, que recebia estilistas como Mugler, Kenzo e Claude Montana. Não demorou muito para que ele começasse a colaborar com Karl, no comecinho dos 90, primeiro para sua marca própria e depois para Chanel e Fendi.

    Desde então, Gaubert produz todas as trilhas dos desfiles de Lagerfeld, trazendo eventualmente o que há de mais novo na música, como quando o Vive La Fête tocou ao vivo na passarela da Chanel na temporada de Inverno 2003. Ele começa a trabalhar na música do desfile dois meses antes, mas para desfiles mais complexos, como o que a Fendi fez na Muralha da China, começa mais cedo já que o lugar em si já é um desafio. “Coloco a trilha no mesmo nível da maquiagem ou dos acessórios. Ela completamente adiciona informação no que você vê na passarela”, conta o produtor.

    4. Lenny Niemeyer + Daniel Ueda

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    Desfile de Lenny Niemeyer Verão 2016 com styling de Daniel Ueda ©Agência Fotosite

    A colaboração entre eles dura 10 anos e vai contra a corrente de uniões que surgem em busca de resultados mais imediatos. Daniel está por trás do styling dos desfiles da marca, misturando a sua expertise em edição com os desejos e necessidades da estilista. “Existe uma metodologia de como a pessoa trabalha e até você entrar no universo dela leva um tempo”, conta Ueda em entrevista à “FFWMAG” 41. Lenny tem todo o conhecimento técnico e sabe quem quer atingir com sua marca. Cabe ao Daniel trazer novas ideias e propor outros olhares sobre os temas que Lenny quer abordar. Se ela pensa em botânica, ele vai estudar e voltar com uma maneira de como abordar esse tema. “Tem que desafiar, instigar. É isso o tempo todo.”

    5. Marc Jacobs + Katie Grand

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    Campanha da Marc Jacobs Verão 2015 com direção de Katie Grand ©Reprodução

    O estilista e a super stylist (e diretora da “Love”) até hoje são parceiros. Onde Jacobs vai, leva Katie junto. Quando estava na Louis Vuitton, ela assinava o styling dos desfiles desde 2003 (fez ao todo 17 femininos e quatro masculinos), trabalhava como consultora e ainda era diretora criativa de muitas das exposições e projetos que a Vuitton fez. Ela é diretora criativa das campanhas do feminino, masculino e de beleza da Marc Jacobs.

    6. Tom Ford + Mario Testino + Carine Roitfeld

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    Uma das campanhas mais ousadas da Gucci na era Tom Ford, com styling de Carine Roitfeld e foto de Testino ©Reprodução

    Trio deluxe da década de 90 na moda. Quando Ford assumiu a Gucci em 1994, a marca precisava urgentemente de energia e o estilista chamou Carine e Mario para ajuda-lo a criar um novo momento, que durou 10 anos. Essa colaboração duradoura entre os três até hoje rende assunto nas rodas de moda: três forças em ascensão na indústria usando o sexo como comunicação, com um styling afiado, uma fotografia provocadora e o olhar sensual e moderno de Ford sobre as mulheres. Carine e Tom se conheceram no estúdio de Testino no início dos anos 90 e se tornaram inseparáveis. Aquele look erótico-chic da Gucci girl da época nada mais era do que uma versão mais jovem de Roitfeld.

    Uma das campanhas mais abusadas, entre muitas boas na era de ouro da Gucci, é a de 2003, em que Carmen Kass aparece com o G de Gucci raspado lá você sabe onde. O anúncio foi imediatamente banido em vários países. Um colunista do britânico “Daily Mail” escreveu então: “as pessoas por trás desse anúncio não passam de cafetões ou anunciantes de serviços sexuais em cabines de telefone”. Testino brincou com a polêmica chamando o ensaio de “Pubic Enemy”.

    O dream team praticamente construiu a estética daquela década e também redefiniu o termo sex appeal.

    7. “Vogue” Itália + Steven Meisel

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    Linda Evangelista em ensaio de Meisel para a “Vogue” italiana de julho de 2005 ©Reprodução

    O superfotógrafo americano começou a trabalhar para a “Vogue” italiana em 1988 e desde então, fez todas as capas da revista sob o comando de Franca Sozzani. Ambos dividem não apenas a paixão pela moda, mas também pela provocação e atenção a movimentos políticos, econômicos e sociais, como o ensaio de 2006 em que questionavam as restrições de liberdade pós 11 de Setembro, com modelos vestidos como terroristas, vítimas e policiais, ou quando ironizaram as mulheres obcecadas por juventude em um editorial com Linda Evangelista numa clínica cirúrgica de luxo.
    Juntos, eles criaram um legado criativo incrível em um esquema que prioriza totalmente a imagem de moda como fotografia pura e artística.

    Recentemente surgiram rumores de que essa parceria, que já dura quase 30 anos, está com os dias contados. A edição de junho 2015 traz um especial sobre a China com quatro capas diferentes, nenhuma delas assinadas por Meisel (Steven Klein, Mario Sorrenti, Mert e Marcus e Craig McDean). Meisel deveria ter feito o trabalho com exclusividade, mas optou por fotografar algo para a “Vogue” americana, resultando em uma crise de ciúmes por parte de Sozzani.

    Se o “divórcio” de fato se consolidar, quem vai perder são os leitores que deixarão de ver com frequência as imagens instigantes, novas e muitas vezes inacreditáveis de Meisel e sua equipe, pois não são todas as publicações que dão esse nível de carta branca a um fotógrafo.

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