Por Igi Lolá Ayedun

Backstage da Coven, no Fashion Rio ©Fotosite/FFW

FFW traz as tendências de styling mais quentes, pós Fashion Rio, ensaiando o verão.

Ressaca Fashion Rio, hora de deixar os ânimos de molho e se aquecer gradativamente para a SPFW – Verão 2012, que começa na próxima semana. Entretanto, mesmo em meio a temperaturas baixíssimas, os fashionistas de plantão já podem afirmar a chegada do verão.

Todas as temporadas, com o renovar das coleções, a moda descobre e redescobre modelagens, cartelas de cores, silhuetas, acessórios e também novas maneiras de vestir e usar algumas peças.

O FFW mostra os principais hits de styling das passarelas cariocas, apontando o que a próxima estação terá de mais quente na hora de agrupar os cabides. Confira!

1. Duo chique

Totem, Têca e Patachou ©Fotosite/FFW

2nd Floor, Ausländer e Andrea Marques ©Fotosite/FFW

A alfaiataria se consagrou neste inverno como sinônimo de elegância em looks minimalistas e despretensiosamente alinhados. Assim, a camisa recuperou seu patamar de item indispensável – caminhando por terrenos além-escritório – e ganhou novas opções de cores, padronagens e texturas. Impossível não se render, ainda mais agora que o verão tende a apresentar a combinação perfeita para acender um look: camisa + colar.

Abotoadas até o colarinho e acompanhadas de maxicolares ornamentados, o mix valoriza o acessório, que aparece mais curto – na altura do colo – em metais, cordões, acrílicos, pedrarias e esmaltados. Ideal para eventos sofisticados em que apenas a soma de um acessório tem o poder de transformar o look.

2. Barriga de aluguel

Ausländer, Giulia Borges e Coven ©Fotosite/FFW

New Order e Têca ©Fotosite/FFW

Consagrou! Há algumas temporadas que a barriga de fora está invadindo as passarelas pelas beiradas. Atendendo pelo heterônimo cropped, a mini blusa de fato será hit nas vitrines.

Existem algumas opções, como as mais justas e as folgadinhas – essas melhores para as mais cheinhas. Basta controlar a altura da peça que vai compor o look. Pode ser cintura bem alta, no umbigo, dois dedos abaixo do umbigo, ou baixa – hit dos anos 2000 que daqui a pouco volta a cair no gosto popular. Sobreposições também são válidas, como vestido longo com top cropped ou ainda a equação de body + saia longa + cropped.

3. Versão maximizar

British Colony e Cantão ©Fotosite/FFW

Walter Rodrigues e New Order ©Fotosite/FFW

Vocês sabiam que nos anos 1920 a sensualidade feminina estava na silhueta da mulher sem seios, sem curvas e sem quadris? Sim, ser sexy era mostrar os tornozelos. Mas mesmo que o assunto não seja saia mídi, podemos dizer que a composição de peças maxi – daquelas bem largas – será hit. O que isso tem de novidade? Tudo aparece junto. Regatão com saião e cardiganzão. Maximize! Os looks comfort aparecem em tecidos leves e fluídos agregando movimento para o caminhar da mulher. Os volumes se concentram a partir da cintura e o mais indicado são as golas mais abertas – tipo canoa – que valorizam o colo e alongam o pescoço para não atolar a silhueta. Para não ter medo na hora de se vestir basta compor peças que sugerem as formas e não as que denotam. Uma boa ideia? A sobreposição de longos + mídis. Usar uma peça longa, com outra larguinha até os joelhos por cima. A receita básica é fluir.

4. Mais é mais

2nd Floor, Têca e TNG ©Fotosite/FFW

É matematicamente comprovado: mais com mais dá mais. Os excessos dos anos 1970 estão volta, e a maneira de brincar com os sonhos de estamparia também. O número de estampas em um mesmo look pode variar da forma que quiser, desde que o verbo ornar não caia no esquecimento. O clash de estampas aparece em padronagens correspondentes, que possuem cartela de cor ou desenhos compatíveis. As passarelas cariocas apresentaram diversos looks construídos com a mesma estampa em cores diferentes. Para uma receita segura, vale pontuar o look com alguma peça monocromática e ficar atento aos comprimentos e cortes das roupas escolhidas.

5. Ups and downs

Espaço Fashion, British Colony e Maria Bonita Extra ©Fotosite/FFW

Sabe aquele cintinho preferido usado para arrematar um look marcando a cintura? Então, no verão não será necessariamente preciso descobrir novas formas de amarrar a sobra dele que sempre fica depois de fechar a fivela. Isso porque a cintura está descendo, de forma que as proporções aumentam um pouco. A onda vem abaixo do umbigo, marcando o corpo na altura dos ossos da bacia. Bem versão fim dos 1990, começo de 2000, a nova cintura começa onde seu umbigo termina. Quando as peças são mais largas, os cintos ganham a função do inovador. Ainda assim muitas saias, calças e bermudas já estão sendo modeladas dessa forma para invadir as lojas. Já os vestidos – principalmente os mais larguinhos – insistem freneticamente por essa nova marcação.