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Em 2011 a Courrèges faz 50 anos e em uma espécie de comemoração os novos donos da marca, Jacques Bungert e Frédéric Torloting, que a compraram em janeiro, irão relançá-la durante o inverno do hemisfério norte, começando com um e-commerce, já em meados de novembro.
Esse será o primeiro passo para a reconstrução da marca que leva o nome de Andre Courrèges, ícone do “Space Age” dos anos 60 que possui hoje apena uma flagship, em Paris, sendo que já chegou a contar com 180 pontos de vendas espalhados pelo globo.
“Gostaríamos de estar presente de forma significativa em aproximadamente oito países dentro de três anos”, falou Bungert ao “WWD”. Entre os países citados estão EUA, Alemanha, Espanha, Rússia, Coreia do Sul, México, Brasil e eventualmente China, como mercados prioritários.
Outra boa notícia é que o e-commerce irá oferecer os clássicos do estilista em versõess atualizadas, como os vestidos em “A” e jaquetas cropped de vinil, além de itens resgatados dos arquivos de não vendidos da marca, um potencial paraíso para os amantes de peças vintage. E tem mais! Ainda em outubro será produzida uma edição limitada de 50 peças da jaqueta de vinil branca, uma das assinaturas de Courrèges, que serão vendidas na Colette, em Paris.
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Bungert e Torloting também pretendem reavivar os licenciamentos de objetos como óculos de sol, bagagens e objetos para casa, e relançar os perfumes Eau de Courrèges e Empreinte, esses já para junho do ano que vem, quando é o Dia das Mães na França.
Coqueline Courrèges, que tem cuidado da empresa desde que seu marido se aposentou da moda nos anos noventa, tem focado em preservar a herança da marca através de livros e exposições, mesmo com a equipe criativa trabalhando e fazendo coleções que nunca foram fabricadas ou distribuídas. Nas mãos dos novos donos, isso mudou. O time de sete pessoas está trabalhando em novos designs de roupas, além de projetos externos, como uma colaboração com a água Evian, em uma edição limitada que será lançada ainda em outubro. Para o meio de 2012 espera-se o lançamento de relógios, sneakers e talvez até produtos de beleza.
“Há uma grande diferença entre o pequeno tamanho da empresa hoje e sua enorme notoriedade. Assim, a marca precisa recuperar o seu nível. Isso vai levar alguns anos, mas não é um objetivo puramente financeiro”, finalizou Torloting.
Desfile de Courrèges, em 1969 ©Reprodução