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    5 perguntas: Lilly Sarti fala sobre Instagram e os investimentos certos para as marcas de nicho
    A estilista Lilly Sarti no backstage do SPFW ©Agência Fotosite
    5 perguntas: Lilly Sarti fala sobre Instagram e os investimentos certos para as marcas de nicho
    POR Augusto Mariotti

    1. Quais são os itens mais importantes para a construção da imagem de uma marca, na sua opinião? No que você mais investiu, no caso da sua?

    Investir em pessoas e sair da zona de conforto a cada coleção e se renovar constantemente. Mas ter uma equipe alinhada é fundamental. O marketing, as vendedoras, as gerências comerciais, que estão acima de tudo, todos precisam estar alinhados com os valores da marca. Tenho mais de 40 pessoas trabalhando na empresa, fora as fábricas terceirizadas. É um investimento grande de tempo também. Quando começamos em 2006, era apenas a Renata e eu, e não tínhamos noção disso, pois fazíamos tudo sozinha. Fui aprendendo que você tem que ter paciência para passar sua cultura para as pessoas ao seu redor, tem que aplicar seu tempo pra dentro e pra fora – para a empresa e para as clientes. Hoje, 40% do meu tempo eu estou fazendo algo de que não gosto. Sentar junto, estar presente em todos os detalhes é necessário para construir uma imagem de acordo com o que queremos e conseguir melhorar a cada coleção, para trazer ideias diferentes para a cliente.

    2. A sua imagem é diretamente associada à imagem da mulher que usa Lilly Sarti. No Instagram, a gente vê você com peças da sua marca. Ser estilista e “modelo” da marca faz parte da estratégia do seu negócio?

    Não, nunca foi. Até que pintou o Instagram e virou uma história que a gente teve que se adequar. No começo eu detestava, mas você tem que se expor na direção que o mundo pede. Os posts dos meus looks foram acontecendo de forma natural e fomos percebendo mais engajamento por parte dos seguidores. Hoje é um fluxo natural, acontece de maneira muito orgânica, não é algo que a gente veja como uma estratégia de fato.

    + Veja a coleção de Inverno 16 de Lilly Sarti

    3. A Lilly Sarti nasceu há 10 anos, antes do Instagram, e começou a crescer na base do “boca a boca” das clientes. Qual é o papel dessa ferramenta hoje na marca?

    Hoje, com o Instagram, a gente vê tudo o que acontece no mundo muito rápido. Não tem mais barreiras. Para o lado comercial, é ótimo pois você expõe a marca para quem não a conhece ou sabe pouco sobre a gente e isso aproxima cada vez mais as pessoas. Eu cuido do meu Instagram, a Renata cuida do dela e o perfil @lillysartistore é cuidado pela equipe de marketing. Nós temos uma menina que tem, entre as suas funções, alimentar o Instagram da marca.  Quero que atualizem com as matérias que são publicadas, se alguém legal aparece na loja, elas já sabem o que fazer. Sempre pergunto: qual o objetivo desse post? O que tem de mais legal para publicar? E então ela mostra o mais legal. Você passa a imagem e o DNA da marca, o universo dela como um todo, de forma ágil e sem fronteiras.

    4. No que marcas pequenas devem investir para conseguirem manter-se num mercado de grandes grifes com muito mais recursos, lojas em shoppings, verbas maiores para campanhas?

    A verdade é que tem que investir em tudo, principalmente no tempo para conseguir tudo isso que te falei. É preciso trabalhar para manter a vontade de uma pessoa consumir a marca. Ter um bom produto, fazer uma boa comunicação, que também envolve campanha e Instagram. E é preciso ser autêntico. Sem medo. Autenticidade é tudo. E tem gente que não entende que você nasce com um DNA, mas há uma evolução constante. É isso que buscamos… Fazer uma boa campanha dá um trabalhão e você já não está mais com aquele brilho no olho. Mas achando as pessoas certas, que têm gosto por fazer aquilo, faz o esforço valer à pena.

    5. Como o mercado de moda brasileira está hoje para as marcas de nicho, como a Lilly Sarti?

    Acho que temos que manter o tamanho que temos. Não dá pra crescer muito. Nesse momento, a cliente está viajando menos também, o que mostra que no final, a crise teve um lado positivo pras marcas brasileiras. Mas também tem o outro lado, que vemos fornecedores quebrando… Hoje, nossa função é fazer o máximo, deixar a empresa enxuta e cortar as gorduras. E temos que fazer roupas diferentes porque o igual você já encontra na Zara. Precisamos dar à cliente algo que ela ainda não viu, tem que ter um diferencial. Acho que essa combinação é importante.

    + 5 perguntas para Patrícia Bonaldi

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