por Sergio Amaral
DJ e produtor, Moby lança seu projeto “Destroyed”, misturando música e fotografia ©Reprodução
Um dos pilares da música eletrônica dos anos 90, Moby está de volta à cena (para usar um termo da época) com o projeto “Destroyed”, que se desdobra em álbum, livro/ exposição itinerante de fotos e ação online no site destroyed.moby.com, onde pretende reunir fotos de várias localidades do planeta às 2h da manhã (para participar é só postar no Instagram com a identificação #destroyed.
Insônia, solidão e a pequenez do indivíduo diante do mundo e da natureza, temas e emoções recorrentes no trabalho do músico, dão o tom do disco em faixas atmosféricas e viajandonas, como “The Low Hum”, “Be The One” e “The Broken Places” e “Rockets”.
“Não durmo muito bem quando viajo. E como resultado tenho a tendência de estar acordado quando todo mundo está dormindo. E daí que o álbum e as fotos que o acompanham surgem”, explica. “[O álbum] foi basicamente composto nas madrugadas quando me sentia a única pessoa acordada (ou viva), uma trilha para cidades vazias às 2h”, completa.
Um contraponto mais sombrio, rocker e barulhento (antes de ser conquistado pelos sintetizadores, Moby tinha uma banda de punk e hardcore) fica mais evidente na segunda metade do álbum, em músicas como “After” e “Blue Moon”.
Uma seleção de fotos feitas durante suas viagens em turnê completa o pacote. De Melbourne a Porto Alegre, passando ainda por Sumatra, Lituânia, Espanha, Rússia, EUA e Inglaterra, o músico, que tem a fotografia como hobbie há mais de uma década, registra salas de embarque, quartos de hotel, clubes noturnos, plateias em êxtase, desertos, nuvens, céu e mar… Bem Moby.