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    Projeto Favela9, de Salvador, une moda, tatuagem e Iemanjá
    Projeto Favela9, de Salvador, une moda, tatuagem e Iemanjá
    POR Augusto Mariotti

    Serginho, criador do Favela9 ©Sergio Pedreira Filho via Instagram

    Sergio Pedreira Filho, 30, é um jovem empreendedor baiano cujo negócio mostra bem as novas possibilidades de trabalho desses tempos. Serginho, como é conhecido, criou o site Favela9 apenas para vender e divulgar sua linha de camisetas. Desde o início, o projeto combina o universo das tatuagens com o poder de expressão da moda com formas mais independentes de comercialização.

    Não é de hoje que a moda tem uma relação com a tatuagem – e com os tatuados. Trazendo o assunto para tempos mais recentes, em 2009, Jean Paul Gaultier fez tatuagens temporárias nos rostos e corpos de suas modelos para seu desfile de inverno. Em 2010, o super tatuado Zombie Boy virou ícone de moda e garoto-propaganda da marca francesa Mugler. E até para as areias quentes do Rio ele veio.

    Tatuagem + Iemanjá ©Sergio Pedreira Filho via Instagram

    O que Sergio faz é unir essa arte (que, apesar de milenar, é sempre considerada de vanguarda ou alternativa), ao seu próprio lifestyle, sempre próximos dos amigos e de acordo com suas possibilidades reais de negócios. Um amigo tatuador faz as artes que Sergio imprime nas camisetas de sua linha. A divulgação, além de ocorrer na internet, no próprio site da marca, também ocorre via Instagram, mas com um ótimo tempero baiano: para ele, Iemanjá, Salvador, tattoos, flores, rituais e moda integram um mesmo grupo de inspiração.

    “Favela9 é a intensidade de uma vida gravada em estampa e tatuagem”.  Assim é como Sergio define seu projeto, que surgiu em 2005 como um canal para divulgar suas linhas de camisetas. Após duas coleções, ele interrompeu, largou a faculdade de Administração e foi para o Rio estudar teatro. E por lá ficou algum tempo, trabalhando com TV e cinema até que recebeu um convite para trabalhar como videomaker no canal Multishow. “Não tenho diploma de nada disso, mas foi o aprendizado que tive e as pessoas que conheci que resultaram no lugar onde me encontro hoje”, diz.

    De volta a Salvador, Serginho decidiu pegar o projeto de jeito e fazer acontecer. Ele dirige as fotos, faz o casting, cuida da loja online e da operação do negócio sozinho, mas conta com a ajuda de amigos para tatuar, fotografar e posar. E é isso que dá unidade e também está por trás de um dos conceitos da marca, que Sergio chama de Family Iron (Família de Ferro). “A marca só existe nesse formato por causa dos amigos que tenho e que trabalham comigo por quantias simbólicas. Eles colocam energia criativa e boa vontade e é isso o que faz as coisas fluírem assim”.  Alguns amigos foram ainda mais longe e chegaram a tatuar os desenhos do Favela9 na própria pele. “Tatuagens que viram estampas e estampas que viram tatuagens”.

    Mais inspirações de Iemanjá ©Sergio Pedreira Filho via Instagram

    O nome Favela9 também traduz essa união. “Favela é sinônimo de improviso. Infelizmente conhecemos uma visão errada da favela. Muitas pessoas juntas são mais fortes, podem alcançar níveis de trabalho e de tudo o que a gente quiser”.

    Se no começo Sergio vendia de porta a porta, hoje, morando em São Paulo, ele se vê esperançoso de que seu negócio encontre um caminho feliz pela frente. Já está com as duas próximas coleções prontas, que formam a trilogia do projeto e contam a história dos seus amigos. Tudo vendido exclusivamente online, através de seu site. Lá também é possível ver vídeos e fotos, e visitar a loja online de dezenas de camisetas tatuadas, com as artes de Tartaruga, o tatuador que fez a primeira tattoo em Serginho. Pode parecer clichê, mas o velho ditado “a união faz a força” não caberia melhor na história de Serginho.

    As fotos abaixo, dos modelos tatuados usando as camisetas do Favela9, foram feitas por Rogerio Cavalcanti a pedido de Paulo Borges, em cuja coluna na revista “Isto É Gente” este texto foi publicado. 

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