FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Ex-estilista da Lacroix, dinamarquês Kim Laursen cria para marca brasileira de tricô
    Ex-estilista da Lacroix, dinamarquês Kim Laursen cria para marca brasileira de tricô
    POR Redação

    O estilista dinamarquês Kim Laursen assina sua quarta coleção para a Ghetz ©Divulgação

    Pela quarta temporada consecutiva, o estilista Kim Laursen assina uma coleção para a Ghetz, marca brasileira especializada em tricô. O dinamarquês, que tem 24 anos de trajetória em grifes como Christian Lacroix e Elie Saab no currículo, apostou em peças estruturadas, no estilo esportivo, nas formas geométricas e em uma cartela diversa, que vai do rosa pastel ao amarelo vibrante, para o Verão 2015 da grife.

    O FFW aproveitou a novidade (que já está em multimarcas de todo o país!) para entrevistar Laursen sobre assuntos diversos, tais quais estilo nos dias de hoje, moda brasileira, Christian Lacroix e tricô. Acompanhe o resultado da nossa conversa por e-mail abaixo:

    Looks de Verão 2015 da Ghetz por Kim Laursen ©Divulgação

    Qual é o principal desafio na hora de criar para o mercado brasileiro?

    Eu não acredito que haja realmente uma diferença em fazer uma coleção para uma cliente brasileira ou de qualquer outro país. O mais legal do que faço para a Ghetz é que nunca vi nada que corresponda ao mesmo “lugar” num guarda-roupa e, nesta faixa de preço, nós buscamos trazer algo novo em termos de modelagem, de fios e diferentes estilos.

    O que você acha do estilo da mulher do Brasil?

    Hoje a brasileira, assim como qualquer outra cliente, é muito bem educada quando o assunto é moda e eu sinto que há uma verdadeira demanda por peças com alto QI fashion no país. Além disso, eu acredito que ela possui um conhecimento maior sobre seu corpo. Por isso, as coleções da Ghetz são sempre sensuais e coloridas – mas vale ressaltar que tudo também pode ser encontrado em preto. Desde o início, sempre houve uma boa reação das clientes às cores poderosas, o que combina com a minha visão do Brasil.

    Para mim, moda tem a ver com diversão, alegria, autoconhecimento, afirmar sua personalidade, tentar ir além, experimentar. Isso não significa que você tem que se “montar” todos os dias – jeans e camiseta são ótimos de vez em quando -, mas eu acho importante tentar algo novo, misturar coisas, se surpreender!

    No geral, acho que as pessoas tendem a se vestir do mesmo jeito, e mal, não bem. Minishorts e camisetas já ficaram sem graça! Os únicos lugares onde você ainda vê pessoas tentando coisas novas são Nova York, Londres, Berlim e, eu tenho que admitir, Copenhague no último verão. Então, acredito que as pessoas poderiam fazer um pouco mais de esforço.

    Mas o que significa ser chique para você?

    Tem a ver com confiança, senso de cores, volumes, misturas. Não tem relação com dinheiro. É mais sobre saber o que fica bem em você.

    E sobre a moda feita no Brasil? O que você pensa a respeito?

    Quando vejo os desfiles do São Paulo Fashion Week, vejo que a criatividade da moda brasileira tem nível internacional. As cores, estampas, tudo isso me faz querer seguir adiante na minha aproximação com o Brasil.

    O que você acha do tricô como suporte para suas criações?

    Eu amo tricô. Na verdade, sou um designer de tecidos, então minha abordagem é sempre mais estruturada/construída. Hoje, o jeito que pensamos o tricô está evoluindo, não apenas por causa das novas possibilidades técnicas, mas por causa do volume. Ultimamente, diferentes coleções trabalharam o tricô de maneira menos “plana”. Estrutura e textura estão se tornando cada vez mais importantes.

    Mais looks da coleção de Verão 2015 da Ghetz ©Divulgação

    Você trabalhou durante muito tempo com Christian Lacroix. O que você pode dizer sobre essa experiência?

    Comecei a trabalhar para o Sr. Lacroix em 1991 e fiquei lá por 15 anos. Quando comecei, foi como se um sonho tivesse virado realidade. A experiência me abriu os olhos para um mundo novo. Ele me ensinou sobre cores, assunto em que é mestre, e sobre história da moda, arte, artesanato. Foi uma sala de aula por 15 anos, pois toda vez que eu pensava que já sabia tudo, vinha algo novo e pulava na minha frente. Era fantástico!

    Que outros projetos você tem pela frente?

    Acabo de começar um projeto muito interessante em Bruxelas, com um ótimo time, mas ainda não posso adiantar informações. E além da Ghetz, continuo trabalhando com as grifes Elie Saab, Paule Ka e Maison Ullens.

    Não deixe de ver
    Kanye West não é o responsável pelas roupas de Bianca Censori
    Morre, aos 84 anos, o designer italiano Gaetano Pesce
    Felix, do Stray Kids: quem é o artista mais fashionista do KPOP atual
    Lisa e Marina Ruy Barbosa marcam presença em evento da Bulgari
    Estilo não tem idade: conheça os velhinhos mais estilosos do mundo
    Bruna Marquezine brilha no desfile da Saint Laurent
    NADIA LEE COHEN: conheça a artista queridinha de Beyoncé e Kim Kardashian
    O caso Chiara Ferragni e por que o mercado de influenciadores exige novas regras
    Quem é Gabb? Conversamos com o criador que é o novo hit do fashion Tiktok
    Cristóbal Balenciaga: de A a Z, conheça a história do “arquiteto da moda”