Em um mar de belos porém desinteressantes rostos homogêneos, é sempre um sopro de ar fresco quando a indústria da moda abre espaço para modelos que fogem do padrão. A americana Charlotte Free, com seus apenas 1,70 m (“apenas” para as designações de uma modelo de passarela, deixemos claro) e cabelos tingidos de um rosa vibrante (trabalho que ela mesma faz em casa), é uma dessas bem-vindas exceções.

Agora com 19 anos de idade, Charlotte despontou na cena fashion no fim de 2010, e tem mostrado que veio para ficar. Acumulando experiência na passarela de grandes grifes (entre elas Vivienne Westwood, Marchesa e Jeremy Scott, que já a definiu como sua “nova musa”), posando para fotógrafos consagrados (como Terry Richardson e Hedi Slimane) e fechando campanhas diversificadas (como da linha de maquiagem da Topshop e da marca de acessórios Pamela Love), a modelo prova que tem potencial para se firmar na profissão.

David Cunningham, da IMG New York, agência que cuida da carreira de Chalotte, elogia: “Ela é tão única que sua altura, seu cabelo – coisas que normalmente poderiam ser consideradas impedimentos no nosso negócio – na verdade funcionam em seu favor. Você a nota logo de cara. Ela é diferente. Ela é cool. Não é uma fachada, não é um truque. É simplesmente o que ela é. Ela traz algo novo, e é a isso que as pessoas têm reagido tão fortemente. Será muito empolgante ver como ela vai evoluir. Apesar de sua altura, ela tem proporções perfeitas, e quando ela puxa o cabelo rosa para trás, você vê que ela tem traços espetacularmente bonitos. As possibilidades para ela não têm limites”.

E para quem ficou curioso para saber a história por trás do cabelo cor de rosa de Charlotte Free, a própria modelo afirmou em entrevista ao site da “Elle” norte-americana: “Eu estava infeliz com a minha vida. Eu estava em um relacionamento horrível, com um namorado horrível. Saí da relação e ainda estava depressiva. Tingi meu cabelo de rosa e parei de ligar para as coisas”. Bom para ela!

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