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    “A gente fica maluco!”, e mais sobre a vida de um top booker no SPFW
    “A gente fica maluco!”, e mais sobre a vida de um top booker no SPFW
    POR Redação

    Anderson Baumgartner conversa com Marcelia Freesz no backstage da Colcci ©Felipe Abe/FFW

    Em continuidade à proposta de conhecer a rotina de um profissional que trabalha – direta ou indiretamente – nos bastidores do SPFW, conversamos com Anderson Baumgartner, booker e sócio da Way Model Management, a agência responsável pela carreira de Carol Trentini, Alessandra Ambrósio, Ana Claudia Michels e Candice Swanepoel, entre outras. Confira abaixo:

    “Na verdade, esta é minha trigésima edição, ou seja, faz 15 anos que faço SPFW. E sempre falo que durante 10 meses do ano eu trabalho normal, como as pessoas normais trabalham, mas dois meses no ano, as épocas de evento, eu trabalho sem horário e diferenciação entre dia de semana e feriado. Um mês antes dos eventos, nossa rotina já muda 100%”.

    “Sou canceriano e gosto de rotina, acordo todos os dias no mesmo horário, faço academia, vou para a agência, almoço no horário, mas nesse mês de SPFW tudo vira ao contrário. Às 8h o telefone já está tocando e já estou respondendo e-mail desde as 7h. Tenho que desligar o telefone durante o SPFW porque ele não para de tocar. Acho que se eu fico acordado 18h em um dia, 15h devem ser ao telefone”.

    “O meu trabalho é muito contato telefônico, então eu falo com estilistas, stylists, diretores de desfile e modelos, então imagine, apresento o meu casting para o evento e tenho que falar com todos os estilistas de todas as marcas participantes e pelo menos 90% deles ligam para mim, […] é um volume de trabalho quase desumano nessa época. Durante SPFW, saio do evento depois do último desfile, volto para a Way para ver se está tudo certo para o dia seguinte e vou jantar à meia-noite, e às vezes ainda fico no telefone”.

    Tenho uma equipe muito boa e por isso tenho muita sorte, todo mundo fala a mesma língua, mas imagina coordenar a agenda de pelo menos 20 meninas que estão fazendo entre 20 e 25 desfiles cada. Então são 20 meninas vezes 25 provas de roupa e 25 desfiles por modelo; a gente fica quase louco porque tem que coordenar motorista, cuidar da agenda, aí alguém liga e fala “eu quero que ela prove uma roupa às 15h nos Jardins”, e eu tenho que negar porque às 15h a menina tá na Mooca, mas conciliar para que ela chegue nos Jardins às 17h”.

    Anderson Baumgartner conversa com Alessandra Ambrósio no backstage da Colcci ©Divulgação

    “Enfim, é um trabalho gigantesco, mas prazeroso, eu amo o que eu faço, amo esse momento de estar aqui no evento. Amo ver minhas meninas ali [na passarela]; é uma resposta do trabalho que fazemos de modo intenso durante o mês anterior. Tem umas meninas que eu faço questão de acompanhar pessoalmente porque geram “problemas” em backstage com a quantidade de imprensa, como a Carol Trentini, a Alessandra Ambrósio, a Lea T. e a Candice Swanepoel, que são modelos que chamam a imprensa e exigem uma organização melhor com as assessorias, então faço questão de estar junto para não deixar que nada saia do controle, porque gosto de passar segurança para elas”.

    “Eu trabalho para os dois lados, tanto para a modelo quanto para o cliente; se o meu cliente contratou a Carol [Trentini] para um desfile, por exemplo, eu quero que a presença dela valha a pena para ambos. É lógico que eu não consigo estar em todos os backstages, mas tenho uma equipe bárbara. Tento passar para dar um “oi” de longe para não atrapalhar, mas sei que elas estão sendo bem cuidadas e sempre estou por perto para qualquer eventualidade, então mesmo quando não estou no backstage, estou ligado”.

    “O agente segura tudo: a modelo vai estar linda e maravilhosa na passarela, mas ninguém sabe o que passou por trás daquilo. É lógico que ela [a modelo] se cansou; domingo, por exemplo, teve uma menina minha que teve 12 provas de roupa no mesmo dia, com tempestade em São Paulo, onde as ruas alagam. Nós, agentes, tentamos que tudo chegue às mãos delas de forma muito clara e que elas não precisem se preocupar, que se preocupem apenas em estar bonitas e vestir bem a roupa. Nós passamos por uma estafa anterior a isso que é gigantesca; quando a modelo chega, teoricamente, ela tem tudo nas mãos. E, claro, estamos lá para isso, para organizar a vida delas”.

    + Os dias malucos de uma assessoria de imprensa durante o SPFW

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