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    FFW resenha: o delírio de grandeza de Kanye West em seu novo disco
    FFW resenha: o delírio de grandeza de Kanye West em seu novo disco
    POR Redação

    kanyecoverA capa do novo disco de Kanye West mostra duas criaturas humanóides/bestiais em momento de coito: foi censurada para venda em muitas lojas dos EUA e Europa ©Divulgação

    Mais é melhor? Para Kanye West, sim. O rapper lança neste mês o disco “My Beautiful Dark Twisted Fantasy”, o disco mais bem cotado pela crítica do ano segundo o Metacritic _e que ganhou o primeiro 10.0 do site Pitchfork em anos.

    Em “Twisted Fantasy”, Kanye  junta tudo que fez em seus discos anteriores; o ritmo de “College Droupout”, as sacadas inteligentes de “Graduation”, e a produção grande-orçamento de “808s And Heartbreak”. O que West não percebe é que seu egocentrismo desenfreado, paranoia com a imprensa (que explodiu após o episódio com Taylor Swift no VMA) e verborragia constante após meses afastado dos EUA são, sim, impressionantes _mas não geniais.

    O lendário produtor Quincy Jones (que conduziu nada menos que “Thriller”, do Michael Jackson) replicou, nesta semana, comparações entre ele e o rapper de Chicago. “Ele sabe compor para uma orquestra? Ele sabe conduzir uma banda de jazz?”. O argumento é simplório, mas chama atenção para um ponto importante aqui: a música.

    Neste quesito, vale usar a memória e resgatar outros discos épicos que não sobreviveram ao teste do tempo. É natural a imprensa e o público se impressionarem com álbuns musicais para depois, descartá-los. O Guns ‘n Roses era bom, mas não a melhor banda do mundo. O mesmo vale para o Oasis. Ou num anti-exemplo, o primeiro disco do Velvet Underground, que foi absolutamente ignorado no seu ano de lançamento, e décadas depois, eleito um dos mais influentes da história do rock.

    Um fato curioso é que a música de Kanye cresce quando a imagem sai de cena. “Power”, apresentada com um time de bailarinos no Saturday Night Live, e “Runaway”, (do média-metragem que dirigiu e estrelou), crescem com seus arranjos inteligentes e boas letras: “Nenhum homem deveria ter tanto poder“, canta.

    Em “Who Will Survive In America”, um discurso acompanhado de percussão tribal e beats sujos soa como o mashup sonoro que Björk e Timbaland nunca conseguiram gravar. Escorrega em outros momentos, como na exagerada (se é que esse adjetivo ainda quer dizer alguma coisa aqui) “All The Lights” com suas 13 colaborações de peso, mas nenhuma marcante. Já em “Monster”, Nicki Minaj revela uma de suas mil e uma personalidades e rouba a cena.

    “My Beautiful Dark Twisted Fantasy” acende uma das discussões mais urgentes desta década: formato é mais importante que conteúdo? Mais é sinônimo de melhor? West pode não ser tão multifacetado quanto Nicki Minaj, talentoso como Jay-Z, rimar bem como Kid Cudi. Está longe de ser bom como Michael Jackson, com quem insiste em se comparar. Mas ganha a sua atenção, este espaço, nossos ouvidos e tempo com facilidade ímpar. Kanye é a maior e melhor de todas as celebridades.

    + Myspace: myspace.com/kanyewest

    + Twitter: twitter.com/kanyewest

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