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    O som e a fúria (e o estilo) do The Kills, que toca hoje em SP
    O som e a fúria (e o estilo) do The Kills, que toca hoje em SP
    POR Redação

    Por Camila Novaes, colaboração para o FFW

    The Kills ©Reprodução

    Nos dias 26 e 27 de outubro, o The Kills faz shows no festival Popload Gig, em São Paulo, seguindo logo depois para uma apresentação no Rio de Janeiro, no dia 28. Para começar o esquenta, o FFW preparou um dossiê sobre a dupla Alison Mosshart e Jamie Hince, parceria que agrada tanto musical quanto visualmente, com sua vontade de “instalar algo completamente novo e fazer a arte da qual estamos famintos”, nas palavras de Hince.

    Assista ao clipe de “No Wow”, do álbum “No Wow” (2005):

    Começando pelas apresentações no Brasil: a disposição no palco será a mesma do primeiro show da banda por aqui, em 2005, com Jamie na guitarra e nos vocais junto com Alison e uma bateria eletrônica. Porém, a música mudou — o que é perceptível ao comparar a sonoridade e a atitude da banda no álbum “No Wow” (2005) e em “Midnight Boom” (2008). Enquanto aquele contava com uma sonoridade mais distorcida e sombria, este tem batidas mais divertidas; ele representou a entrada do The Kills nas pistas de dança, com a sensualidade das composições anteriores só que mais eletrônico e menos minimalista. Com “Midnight Boom”, a dupla alçou um reconhecimento maior e suas músicas começaram a ganhar espaço em séries norte-americanas de grande popularidade como Gossip Girl e House — fato que os deixa orgulhosos, segundo Alison –, além de figurarem nos line-ups de grandes festivais como o Coachella e o Lollapalooza.

    Assista ao clipe de “Cheap and Cheerful”, do álbum “MIdnight Boom” (2008):

    “Blood Pressures”, lançado em abril desse ano, foi produzido por Jamie e gravado em Michigan com os mesmos engenheiros de som de “Midnight Boom”. É o primeiro trabalho da dupla em três anos, desde que Alison ingressou na Dead Weather, banda que ela integra com Jack White. O disco é menos eletrônico que o anterior, retomando as guitarras mais pesadas dos dois primeiros, “Keep on Your Mean Side” (2003) e “No Wow”, mas sem perder a liberdade conquistada com “Midnight Boom”. Segundo Jamie, é um disco mais simples, fruto de um período que ele passou com os amigos tocando violão e bebendo vinho.

    Assista ao clipe de “Future Starts Slow”, do álbum “Blood Pressures” (2011):

    O show, que conta com uma setlist focada no quarto albúm mas com a presença de sucessos anteriores, deve trazer a química entre os músicos que sempre rendeu bons elogios às apresentações do The Kills. Química esta que não fica apenas no palco; a dupla possui uma forte ligação na vida pessoal e principalmente em seu processo criativo. Eles se conheceram em 2000, quando Alison ouviu Jamie ensaiar num quarto de hotel acima do seu. Os dois decidiram se juntar, e começaram a enviar suas composições um para o outro por meio postal, já que ela morava na Flórida e ele em Londres. A partir daí adotaram apelidos, VV (ela) e Hotel (ele), que segundo Jamie, era uma forma de se desligarem completamente de suas bandas anteriores (Alison era da Discount, banda americana de punk, e Jamie, das bandas britânicas de rock Scarfo, Fiji e Blyth Power) para começar algo completamente novo. Alison se mudou pra Londres sem hesitar e o nome The Kills foi escolhido para soar como uma banda que será cool em qualquer década, nas palavras do próprio Hince.

    The Kills ©Reprodução

    Os dois músicos compõem juntos, se complementando, pois Alison se autodenomina uma máquina natural de letras, sempre com muitas ideias para músicas, porém inacabadas, enquanto Jamie, perfeccionista assumido, trabalha em poucas músicas por vez e consegue finalizar as canções juntando o que ele e Alison criaram. Eles afirmam nunca terem trabalhado com nenhuma outra pessoa com quem o processo de criação tenha fluído tão facilmente, e ambos têm inspirações em comum: pessoas e suas obsessões, o que gera as letras sobre amor, sexo, álcool e toda sorte de complicações humanas. Os trabalhos são finalizados em um estúdio isolado na cidade de Benton Harbour, em Michigan, um ambiente que Jamie acredita ser propício pela sensação de segredo e de “estar escondido”, o que ele julga muito importante para as gravações.

    Visual

    Alison e Jamie não são referências apenas no quesito musical, como também no imagético. Discretos em relação à imprensa, dão poucas entrevistas, mas registram tudo o que fazem em seu site oficial através de fotografias, videoclipes, desenhos, colagens e rabiscos, sempre com um ar meio low fi, meio glamouroso – um bom exemplo disso é o short film abaixo, que documenta o processo de gravação de “Blood Pressures” e que foi feito pelos renomados produtores da Thirtytwo, que já trabalharam com Arctic Monkeys e Björk, entre outros.

    A ligação com a moda também é algo que não pode ser ignorado. A atitude de Alison e Jamie em relação ao assunto já foi chamada de blasé na dose certa, sem forçar a barra. Recentemente Jamie se casou com Kate Moss, assunto proibido nas entrevistas com a banda, enquanto Alison é referência de estilo para as meninas. A dupla inclusive estrelou uma campanha da marca francesa Zadig & Voltaire, famosa por escolher seus modelos na música — Mark Ronson e Josephine de La Baume são outro exemplo de casal já clicado pela grife.

    Alison Mosshart e Jamie Hince na campanha da Zadig & Voltaire ©Divulgação

    Nos últimos anos Alison foi assunto de muitas matérias em blogs e revistas de moda; em fevereiro de 2010, ela apareceu na “Vogue” UK e foi a escolhida do mês de abril para mostrar seus look diários na coluna “Today I’m Wearing“, no site da revista. Alison tem o dom de misturar peças de grifes famosas, como Martin Margiela e Givenchy, suas marcas preferidas, com peças vintage com cara de podrinhas, e compor um visual roqueiro cheio de personalidade. Jeans, camisas xadrez, camisetas gastas, blazers de oncinha, lenços, maxiponchos, casacos de pele e botas são suas peças chave. Suas botas douradas Hedi Slimane são seu xodó — ela possui três pares, além de outros em cores diferentes.

    O estilo de Alison Mosshart ©Reprodução/FFW

    Apesar de ter conquistado a simpatia de Karl Lagerfeld e Miuccia Prada, quando questionada sobre moda, ela alega ser “unfashionable” e despreocupada em gastar com roupas ou se inteirar sobre o assunto. Diz ainda que usa as mesmas coisas sempre e que estilo para ela vem de pessoas que não fazem nada relacionado à moda, normalmente escritores ou pintores que contam a história do que fazem na maneira que se vestem. “Gosto de pessoas que usam sua arte”, ela declarou em entrevista ao blog da marca norte-americana Urban Outfitters. Suas referências de estilo são artistas, cantores e bandas que também a inspiram nas performances ao vivo, como Truman Capote, Edie Sedgwick, Velvet Underground, Sonic Youth, Patti Smith, Captain Beefheart, Rolling Stones e Johnny Cash.

    The Kills

    Em São Paulo: dias 26 e 27 de outubro, às 21h30, como parte do festival Popload Gig
    Beco SP – Rua Augusta, 609, Consolação – São Paulo
    Informações e compra de ingressos no site divirto.com.br (os ingressos para o show do dia 27 estão esgotados)
    Vendas também na Loja Japonique, Rua dos Girassóis, 227, Vila Madalena – São Paulo, incluindo meia-entrada, que o site não disponibiliza

    No Rio de Janeiro: dia 28 de outubro, às 23h
    Circo Voador – Rua dos Arcos S/N, Lapa – Rio de Janeiro
    Informações e compra de ingressos no site ingresso.com.br

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