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    “Fashion City Brasil”
    “Fashion City Brasil”
    POR Camila Yahn

    Imagem ilustrativa do empreendimento Fashion City Brasil ©Divulgação

    Segundo dados da Abit (Associação Brasileira da Indústria Textil), da Mercadológica, da Bloom Consulting e do IEMI (Instituto de Estudos e Marketing Industrial), o Brasil é o 5º maior parque têxtil do mundo, com 30 mil empresas formais registradas no segmento, empregando oito milhões de pessoas, o que a coloca como a 2ª maior empregadora do Brasil. A cadeia têxtil brasileira tem uma participação de 5,5% do faturamento total da indústria de transformação do país.

    Apesar de ainda esbarrar em problemas sérios como os impostos altíssimos, a notícia de um megaempreendimento de moda para 2015 deve levantar os ânimos – e quem sabe aquecer mais o mercado – aproveitando o “momento Brasil”, com a realização dos grandes eventos esportivos.

    O Fashion City Brasil é um empreendimento de cerca de R$ 280 milhões que será inaugurado em Belo Horizonte em 2015. Trata-se de uma “cidade da moda”, projetada para proporcionar uma nova experiência de compra no atacado que reúne negócios e entretenimento. O espaço, chamado pelos sócios de um novo centro integrado de negócios, também contempla área de alimentação, biblioteca, um café cultural, passarela para desfiles e um hotel com bar e “espaço fitness”. Também está prevista a realização contínua de cursos e palestras de capacitação e aperfeiçoamento, serviços de consultoria de moda, instalações sobre a história da moda e assessoria de vitrinismo.

    Do lado de fora, o espaço Ecofashion, com matas, jardins e pomares com vegetação regional, mostra uma preocupação óbvia com o meio-ambiente. Os sócios realizaram uma avaliação ambiental e urbana da região em parceria com o escritório Myr Projetos Sustentáveis, que considera aspectos naturais, como flora, fauna, drenagem. “Estamos trabalhando para provar que é possível conciliar desenvolvimento a conservação e respeito”, afirma Sérgio Myssior.

    O projeto do shopping é assinado pela dupla Gustavo Penna e André Sá e terá em suas áreas comuns sistemas de iluminação e ventilação natural. Sua construção totalmente horizontal faz com que não seja necessário a utilização de elevadores e escadas rolantes. Outra ação que será executada é a implantação de um sistema de reuso de água, em que recursos pluviais serão armazenados para a utilização na irrigação e manutenção do paisagismo. “O terreno onde o FCTY será erguido é uma região de pastagens e não possui árvores no entorno. As raras espécies que existem serão preservadas, de modo que construiremos o FCTY sem extração de nenhuma árvore”, explica ao FFW Omar Handam, consultor idealizador do projeto.

    Ao todo, 514 marcas representantes de 13 estados brasileiros (mais o Distrito Federal) devem aderir ao empreendimento, que, segundo dados da assessoria de imprensa, tem potencial para faturar mais de R$ 1 bilhão por ano, gerar 1.700 empregos diretos e cerca de 10 mil indiretos. A entrada é gratuita, mas para ter acesso às lojas é preciso CNPJ. Já as áreas comuns poderão ser frequentada por não compradores. “A estrutura do Mall será basicamente a de um shopping tradicional de varejo, composto de condomínio, fundo de promoção e aluguel. O principal diferencial é que o fundo de promoção terá uma verba prevista de cerca de R$ 1.500.000/mês para manter o empreendimento oxigenado e com bastante fluxo de clientes”, diz Hadam.

    Idealizado há quase sete anos por Hamdam, o Fashion City Brasil fica a quatro quilômetros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) e terá uma área de 200 mil m² de terreno em sua primeira fase, com 86 mil m² de área construída, 26 mil m² de Área Bruta Locável (ABL) e 12 mil m² de área para eventos. O lugar onde o projeto será instalado pertence a um dos sócios e estava sem atividade. A previsão de retorno do investimento é de seis anos.

    “Embora a demanda do mercado não seja nova, o alto investimento necessário para a implantação desse equipamento impedia a sua execução. Seu impacto na indústria da moda ainda não dá para ser dimensionado por completo, mas será uma mudança de paradigma muito grande no mercado, além de um faturamento anual previsto, inicialmente, de aproximadamente R$1 bilhão”, diz Hamdam.

    O projeto, ambicioso, pode criar uma melhora na dinâmica de pronta-entrega do país, além de ajudar a conectar mais ainda comercialização e informação de moda.

    Veja o vídeo institucional abaixo:

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