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    Conheça a Aron & Hirsch, marca brasileira de joias para o dia-a-dia querida de Kate Moss
    Conheça a Aron & Hirsch, marca brasileira de joias para o dia-a-dia querida de Kate Moss
    POR Camila Yahn

    Taísa Hirsch e Sandra Aron, fundadoras da marca de joias Aron & Hirsch ©Divulgação

    Criada em 2011 por Taísa Hirsch e Sandra Aron, as peças da Aron & Hirsch são de alta-joalharia e pensadas ao mínimo detalhe, mas a sua principal característica é que foram concebidas para serem usadas no dia-a-dia. Os carros-chefes, colares, anéis e pulseiras pequenos, têm uma pegada retrô como se fossem uma espécie de “anel da avó” contemporâneo. E foi isso que fez com que Kate Moss se apaixonasse pela marca. Na sua passagem por São Paulo em abril deste ano, a top levou três anéis da grife para ela e encomendou um para a sua filha. “Ela falou que era o anel com que ela sempre sonhou a vida toda. ‘My dream ring’, dizia. Hoje quando contamos a história nem acreditamos que aconteceu mesmo. A Kate é uma inspiração muito grande para nós em termos de lifestyle”, diz Taísa ao FFW.

    Claro que ouro, platina e outros metais nobres, junto com pedras preciosas, têm um preço. Nenhuma peça custa menos de R$ 1 mil e o valor pode chegar aos R$ 60 mil.

    Os anéis da Aron & Hirsch que Kate Moss escolheu para si e para a sua filha na sua passagem por São Paulo ©FFW

    Na NK Store, multimarcas de Natalie Klein que vende Aron & Hirsch, o FFW foi conhecer de perto as peças e conversar com as fundadoras sobre o conceito que querem passar, as inspirações e claro, o momento em que Kate Moss deu o seu aval. Confira abaixo a entrevista completa:

    Como surgiu a marca?

    Sandra: Conhecemo-nos em 2011, através de um amigo em comum. Apesar de ser formada em economia, tinha vontade de fazer algo mais estético e me inscrevi em um curso de arquitetura. Fui fazer vestibular, entrei e no final não formou turma. Conheci a Taísa logo depois e ela falou de um projeto de joias que ela pensou. Ela tinha acabado de voltar de Nova York, onde se formou em gemologia no GIA (Gemological Institute of America). Em 2011, começamos a elaborar a ideia da marca. Estivemos mais ou menos um ano montando tudo e decidindo como ia ser, fechando o conceito. Tínhamos só uns protótipos de umas peças. Em 2012, quando chegamos à conclusão do que queríamos e quando decidimos o nome – que são os nossos sobrenomes -, mostrei à Natalie (da NK Store), que eu conheço pessoalmente. E ela topou colocar na loja na hora! Eu achei que fosse demorar um tempo a entrar na loja, mas começou a vender em junho de 2012 e, em setembro do mesmo ano, entramos na NK Store do Rio de Janeiro.

    Uma das imagens da campanha da Aron & Hirsch, inspirada em Kate Moss ©Divulgação

    Qual o conceito da Aron & Hirsch?

    Sandra: Sempre gostei dessa ideia de fazer uma coisa mais comercial, não tão formal, para o dia-a-dia e não só para uma ocasião. Ainda que você não compre joia todo dia, até pelo valor das peças, queríamos fazer uma coisa que se adaptasse a qualquer estilo e que fosse de uso diário. Entramos para preencher um gap no mercado, ficamos entre as bijuterias e as joias super caras e “formais”.

    Taísa: Na NK Store, por exemplo, você compra uma joia em pé, então já tira metade da formalidade. E a nossa campanha reflete isso. Ela mostra uma menina com um monte de anel, mas ela está meio descabelada com uma regata meio podrinha. Para tirar aquele peso de que você precisar de se arrumar só para poder usar uma joia. Eu acho que essa coisa do dia-a-dia tem um appeal. As peças são pequenas, mas têm um trabalho de alta-joalharia muito artesanal.

    Quais são as inspirações no momento de criação?

    Taísa: A marca somos nós, então parte muito do que temos vontade. Temos um gosto comum por antiguidade, por coisas meio vintage.

    E como funciona o processo de criação? Tem muita coisa que muda do desenho à peça final?

    Taísa: Às vezes no processo de construção você vê que de repente uma pedra vai ficar melhor do que a outra, ou um banho vai ficar melhor que outro, e vamos mudando e construindo a peça durante esse processo. Temos uma boa ideia do que vai ser, mas alguns detalhes vamos mudando ao longo do caminho. Outras vezes acaba sendo como nós pensamos mesmo.

    Sandra: Ontem, por exemplo, chegou um anel que estamos há dois meses construindo e ajustando. Mas na verdade essa não é a rotina.

    Vocês pensam em ter loja própria?

    Sandra: Essa questão da loja própria para o mercado de joias é complicado. Quando você está em uma multimarcas, tem um atestado de qualidade. Não sei se as pessoas entrariam em uma loja só da marca porque viram na vitrine e gostaram. Ninguém vai dar R$ 15 mil porque passou, viu e gostou. Acho que não faz parte da nossa cultura e a marca ainda não é uma Cartier para isso acontecer naturalmente. Estamos pensando em abrir o escritório para atender, mas como temos exclusividade com a NK Store, ou seja, se tenho uma peça lá não posso ter em mais lugar nenhum, significaria fazer peças especiais para isso. É só uma ideia por enquanto.

    Mas vocês fariam sob encomenda?

    Taísa: Não. Nós temos uma coleção pronta, por várias razões. Primeiro porque queríamos ser uma marca com o nosso próprio estilo, e porque muitas vezes as pessoas não sabem imaginar uma joia, então você precisa ter um mostruário para elas terem pelo menos uma noção do que querem. É difícil trabalhar diretamente com o público. A produção é muito complicada.

    Sandra: E a nossa estrutura não é grande, então encaixar, além da coleção, uma peça por encomenda que depois sempre vai sofrer ajustes de cliente… é complicado. A Kate Moss levou um anel em esmeralda e ela queria um modelo igual para a filha com uma tanzanita. Fizemos, mas foi um caso raro!

    O bilhetinho que Kate deixou para Sandra e Taísa e a top com as suas escolhas da marca ©Divulgação

    Como foi com a Kate Moss?           

    Sandra: Foi muito engraçado. Hoje, quando contamos a história, parece um sonho, que não aconteceu! Viemos correndo para a NK Store quando soubemos que ela estava lá. Quando chegamos ela já tinha ido embora, mas deixou um bilhetinho fofo agradecendo. Ficamos mega felizes, sem acreditar que aquilo tinha acontecido de fato. Aí uns minutos depois ela voltou à loja, deu um monte de abraços, agradeceu os anéis pessoalmente e encomendou o anel da filha.

    Taísa: Quando fizemos as fotos da campanha, falávamos para todo mundo que queríamos uma coisa meio Kate Moss, chique e despreocupada. Ela escolheu uma peça e falou que era o anel com que ela sempre sonhou a vida toda. ‘My dream ring’, dizia. Hoje quando contamos a história nem acreditamos que aconteceu mesmo. A Kate é uma inspiração muito grande para nós em termos de lifestyle. Ela é muito autêntica.

    Quantas pessoas trabalham na marca atualmente?

    Sandra: É uma empresa pequena. Tudo é feito por mim, pela Taísa e pela nossa assistente. Eu sou comercial, financeiro, mais administrativo. A Taísa fica responsável pelo processo de fabricação. De resto é tudo terceirizado, trabalhamos com uns três ourives de São Paulo. E como a venda é na NK Store, o comercial é o deles.

    Quais são as principais diferenças entre o mercado lá fora e no Brasil?

    Sandra: É engraçado isso, quando vamos para fora vemos que não tem muitas marcas que façam o mesmo que nós. O Brasil tem nomes de joalharia muito bons. Se você for para Paris, por exemplo, fica difícil encontrar uma marca de joias mais cool. Tem as bijuterias, claro, mas ainda assim são caras para uma peça que não é trabalhada em ouro nem pedras nem nada.

    Vocês já participaram em um trunk show do e-commerce Moda Operandi. As pessoas compram muitas joias na internet?

    Taísa: Só agora é que está começando a venda de joias pela internet, mas ainda está meio em estudo, não sabemos bem como é porque não sabemos quanto é que a pessoa está disposta a gastar na internet ou se ela confia totalmente no serviço para fazer um investimento.

    Vocês acabaram de lançar a primeira campanha da marca…

    Taísa: Nós demos esse nome de campanha, mas na verdade é como se fosse um material institucional. Como só vendemos na NK Store e não ficamos na loja para explicar, dávamos às vendedoras uma espécie de catálogo com um material muito comercial, para elas apresentarem às clientes os produtos. Como usar, que peças são para usar juntas, qual a proposta, etc, e sentimos falta de um material mais institucional, que mostre o conceito, para as pessoas terem acesso ao nosso lifestyle quando conhecem a marca.

    + Confira abaixo algumas das peças da Aron & Hirsch disponíveis na NK Store de São Paulo e do Rio de Janeiro:

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