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    FFW entrevista: diretor artístico conta tudo sobre o sucesso Moroccanoil
    FFW entrevista: diretor artístico conta tudo sobre o sucesso Moroccanoil
    POR Redação

    morrocanoil_003Novos produtos Moroccanoil desembarcam no Brasil ©Juliana Knobel

    O Moroccanoil, produto de cabelo sensação entre as celebridades, chegou oficialmente ao Brasil em abril. O sucesso foi instantâneo e a empresa resolveu trazer novos produtos da marca para o país: dois tratamentos leave-in —  um creme hidratante e outro mais potente, para cabelos cacheados (R$ 114, cada) – e uma máscara hidratante (R$ 123).

    O FFW bateu um super papo com Antonio Corral Calero, diretor artístico internacional da marca, que falou sobre por que o Moroccanoil é mania no mundo todo.

    morrocanoil_004 Antonio Corral Calero conta tudo sobre Moroccanoil ©Juliana Knobel

    Como você começou a trabalhar com o Moroccanoil?

    Eu tenho trabalhado com o Moroccanoil por cinco anos. Basicamente desde quando a empresa começou. Eu tive muita sorte porque pude testar uma amostra, nós sempre ganhamos amostras e chegou a do Moroccanoil para eu testar no meu salão. Não era na mesma embalagem que temos hoje, nunca tinha gostado de nada que tivesse a ver com óleo. Eu não gostava, minhas clientes não gostavam, você sempre acaba com o cabelo oleoso, não importa o quê. Geralmente quando você coloca algo oleoso no cabelo o resultado vai ser ruim no dia seguinte e a cliente vai querer te matar. Mas me pediram para testar porque uma companhia estava tentando saber se o produto iria funcionar. E essa amostra que era de 10 ml durou por cinco clientes. Eu o testei em todos os tipos de cabelo. No início, testei com adolescentes. Muitas mães vão, deixam a menina no salão e dizem “em quarenta minutos eu venho buscar minha filha, corte o cabelo, seque e eu voltarei para pegá-la”. Então eu pensei que poderia testar nelas, já que adolescentes geralmente já têm cabelos oleosos, pele oleosa e se não funcionasse não seria minha culpa (risos). Mas o resultado foi bom e usei em outras clientes que voltavam e diziam “você fez algo que fez diferença no meu cabelo”. Então eu pesquisei no Google e vi que o produto vinha do Marrocos; o argan é uma planta de lá e eu sabia que as pessoas usavam na pele, no corpo, mas achava que era muito gorduroso, oleoso e pesado. Enfim, para deixar uma longa história mais curta, minha quinta cliente tinha um cabelo super cacheado e fiquei ali falando muitas coisas – eu falo muito – e misturei o produto com tinta de cabelo, testei junto com vários produtos e fui experimentando. A cliente não falava muito, mas estava ali me ouvindo e quando terminei de fazer o cabelo dela eu coloquei a última gota do óleo e disse “olhe que cabelos brilhantes os seus” e ela disse “na verdade, eu conheço. A dona da empresa é minha melhor amiga e está procurando por alguém exatamente como você”. Eu respondi “O quê? Você deve estar de brincadeira!”. Eu fiquei falando por uma hora e inventei o que estava falando (risos). Mas eu sei como senti o produto, faço cabelos há 20 anos então eu sei o que é bom e o que não é. Logo depois encontrei com a dona da empresa, ela queria gravar um vídeo com algum cabeleireiro mostrando como usar o produto. No dia seguinte fui contratado e virei o diretor artístico da Moroccanoil. É uma dessas histórias que você se pergunta “isso está mesmo acontecendo comigo?”.

    Você tem uma longa experiência trabalhando com cabelos, o que foi o grande diferencial dos produtos com Moroccanoil?

    Eu acho que tudo começa com o óleo. Ele é muito versátil e pela primeira vez eu usei um óleo que era seco. Que você aplica no cabelo e, de alguma forma, ele será absorvido depois de dois, três minutos e vai te agradar instantaneamente.

    Sem deixar o cabelo pesado?

    Isso. No início eu usava muito produto e poderia até dar esse efeito. Mas, com o tempo, você aprende a dosar e saber exatamente quanto precisa usar em cada cabelo. É por isso que é importante ter um bom cabeleireiro, que percebe a quantidade certa que você vai precisar, dependendo do tipo de cabelo, de como é sua rotina. Eu fiquei surpreso com ele realmente tornou minha vida mais fácil como um hair stylist. Sem contar que eu era um imigrante espanhol vivendo no Canadá. Eu tinha que falar muita balela para os meus clientes. Às vezes eu tinha em mãos produtos que nem eram tão bons, mas eu precisava vender para ganhar uma comissão. E com o Moroccanoil foi a primeira vez que pensei “tenho algo aqui que eu não preciso inventar nada porque funciona”. E foi por isso que eu quis fazer parte dessa empresa. O que faz ele ser tão único é, repito, a versatilidade. E hoje trabalhando lá dentro eu vejo que é uma empresa que usa as melhores matérias-primas e não é uma companhia que pensa só em fazer dinheiro. Estamos facilitando a vida dos cabeleireiros, oferecendo produtos que realmente eles possam falar sobre, sentir e mostrar para as clientes o que estão usando. O óleo funciona para todos os tipos de cabelo. Ele simplesmente funciona, o desempenho é impressionante.

    morrocanoil_012©Juliana Knobel

    O que você acha que é a grande chave para o sucesso da marca? Afinal ela é muito nova, com apenas cinco anos.

    Eu acho que a chave para o sucesso em qualquer coisa na vida não se resume a um elemento isolado. É uma combinação de coisas. Acredito que ter as pessoas certas trabalhando para nós, ter os produtos certos também. Somos capazes de ser honestos sobre o que estamos fazendo. Acho que a combinação de elementos faz o sucesso da marca. A estratégia de trabalhar com profissionais também funciona bem. Trabalhamos apenas com salões A e B e os clientes só podem comprar os produtos no salão para que eles aprendam como usar.

    E como foi essa chegada oficial do produto no Brasil?

    Estamos aqui nos salões há seis meses, mas muitas pessoas que iam para os Estados Unidos traziam estoques de Moroccanoil, quase como traficantes [risos]. Então agora estamos fazendo todos os cabelereiros serem capazes de mostrar o produto às clientes, estamos nos instalando por aqui. E as mulheres brasileiras são muito espertas, muito exigentes. Acho parecidas com as mulheres espanholas. Elas sabem quando gostam de algo e quando não gostam vão jogar na sua cara. Antes de chegar aqui tivemos que estudar para saber se o Brasil era o mercado certo para nós. Acho que a mulher brasileira representa uma mulher muito cosmopolita. Se você colocá-la em Nova York ela vai se encaixar porque é uma mulher cosmopolita.

    Como é o processo de criação dos produtos da marca? No início era só o óleo e depois vocês partiram para outros produtos?

    É uma loucura. O que tentamos fazer é um focus group para saber o que precisamos criar. Fazemos pesquisas com cabeleireiros da nossa equipe e de fora para saber o que está faltando no mercado. Não queremos copiar o que já existe. Queremos criar coisas novas, com fórmulas diferentes das que todo mundo já tem. Quando criamos um produto eu testo, repasso para outras pessoas testarem. Carmen [Tall, dona da Moroccanoil] também testa e coloca suas amigas para experimentarem e quando há algo que gostamos muito nós mandamos para o grupo de estudo. As pessoas usam e contam para nós se gostaram ou não, daí nós sabemos se vai ser um produto que vai funcionar. Muitas coisas são boas logo de começo, outras temos que mudar o cheiro ou a consistência; às vezes melhorar o desempenho. E estamos sempre criando coisas novas, trabalhamos com mousses agora, vamos ter xampu seco, uma linha especial para cabelo fino… Queremos atingir o maior público possível.

    Conte-nos um pouco sobre os novos produtos que chegaram ao Brasil.

    Começamos com o Moroccanoil há seis meses. Sempre começamos com ele. É importante entender a versatilidade e as possibilidades do produto. Agora trouxemos o creme hidratante, um leave-in com benefícios muito parecidos com o Moroccanoil, mas em uma versão cremosa. É possível usá-lo com o cabelo seco ou molhado e ele vai ajudar a fazer seu penteado bem mais rápido. Ele é muito flexível, aplicado quando molhado ajuda no uso do secador e diminui o frizz. No cabelo seco, o resultado é parecido. Ele é um leave-in que deixa um resíduo bom no cabelo, ele vai penetrar na estrutura dos fios e preencher os espaços de desidratação. Quanto mais você usar o creme, mais saudável ficará seu cabelo. E é legal para os homens também. Estamos sempre pensando nas mulheres, mas alô (risos). Então é bom usarmos um creme. Quando você toca o cabelo de um cara você não quer que ele esteja muito seco, mas não quer que ele pareça sujo. O creme define o cabelo, dá uma segurada no cabelo além de hidratar. Não é como usar gel ou mousse. E se você tem cabelo muito grosso, ou quer potencializar o efeito, você pode sempre misturá-lo com um pouco do óleo. É ótimo para os cabelos das modelos tão massacrados nos backstges.

    Vocês fazem esse tipo de trabalho?

    Sim, acabamos de fazer em Nova York Carolina Herrera e Badgley Mischka. Vamos também fazer Paul Smith, em Londres, e Roberto Cavalli em Milão. É engraçado porque trabalho bastante no backstage com as modelos e agora que elas sabem que eu sou o “garoto do Moroccanoil” elas me veem e me pedem. E eu dou. O cabelo sofre tanto de desfile para desfile e é muito fácil aplicar o óleo e o cabelo já fica mais macio, além de facilitar para passar o secador e com o óleo elas já tratam o cabelo. Várias modelos que testaram os produtos porque nós patrocinamos o show gostaram e quiseram continuar usando porque viram que realmente faz diferença. A Chanel [Iman] ama o produto. Se ela usa o produto no cabelo seco ou mistura com o relaxante de cabelo vai prevenir a quebra. Quando a gente se encontra na semana de moda, ela só me olha e eu já sei; digo “ok,ok, lhe dou mais tarde”.

    Voltando aos lançamentos…

    Trouxemos também um creme intenso para cabelos cacheados. É bem mais espesso que o creme hidratante e serve para ajudar o cabelo mais desidratados e frisados. Nossos produtos trabalham com simplicidade. Já existem muitos produtos para pentear cabelos cacheados, mas no dia seguinte, o cabelo precisa ser retocado e, geralmente, isso só é possível com ele molhado. Esse creme é possível aplicar com o cabelo seco. A máscara é o terceiro produto que estamos trazendo. É uma máscara hidratante que é mais potente que os outros dois produtos. Adoro o cheiro e a textura que ela tem. O que estamos tentando fazer com ela é que os cabeleireiros mostrem a máscara para as clientes antes de usá-la, para que elas saibam o que está acontecendo. É importante conhecer o produto que estão aplicando em você. Essa máscara não precisa ser aquecida, como há muitos ingredientes naturais, eles acabariam evaporando. Ela pode ser aplicada uma ou duas vezes por semana, dependendo do cabelo.

    Que dica você daria na hora da escolha dos produtos para o cabelo?

    Antes de tudo é necessário saber que tipo de cabelo você tem.

    E isso é fácil de se descobrir?

    Você sabe que tipo de pele você tem? É a mesma coisa. Você sabe se tem pele oleosa, mista ou seca. Com o cabelo é igual, está na aparência, no toque. Para mim a dica é usar o Moroccanoil diariamente. Do mesmo jeito que você hidrata sua pele todos os dias é possível hidratar seu cabelo diariamente. A melhor dica é não usar o produto partindo do topo da cabeça, mas sim das pontas até o meio, porque é a parte mais desidratada. Há clientes que dizem que odiaram o produto e quando eu pergunto como elas aplicaram percebo que aí está o erro. Começam de cima e o couro cabeludo já é naturalmente mais oleoso, não precisa de tanto produto ali. O segredo no fim é saber seu tipo de cabelo e aplicar o produto correto para ele, se você tem cabelos cacheados, ou com muitas luzes, muito seco… E quando você conversa com seu cabeleireiro, se ele é bom ele vai te recomendar o que é melhor para seus cabelos.

    morrocanoil_009©Juliana Knobel

    Como é o trabalho de vocês nas semanas de moda?

    Fazemos tudo com nossos produtos, eu me meto com os cabeleireiros, gosto de fazer esse trabalho, afinal, essa é minha profissão. Acabamos de fazer a semana de moda de Miami e acredito que conseguimos trazer mais glamour para o evento. Cabelos que tinham a ver com a proposta de moda praia. Meu grande plano é que um dia consigamos fazer o Fashion Rio. Tenho que convencer um monte de gente na empresa, mas acredito que seria muito legal trabalhar por aqui com diferentes estilistas brasileiros. Esse é uma das minhas metas.

    Do que você conheceu das mulheres brasileiras, se você pudesse dar uma dica capilar para elas, qual seria?

    Eu sou o pior dando conselhos [risos]. Mas o que eu gosto na mulher do Brasil é que elas são confiantes nelas mesmas. Elas são muito confortáveis com acordar de manhã, tomar um banho e sair com o cabelo natural. O que acho que é o melhor conselho é “faça o que é melhor para você, use o produto certo e fique confortável com o seu cabelo”. Acredito que, na verdade, o Brasil que tem muito para nos ensinar como uma empresa, em que tipos de produtos devemos investir. Do pouco que vi das ruas e das pessoas, vi que aqui para o Brasil precisamos criar produtos para mulheres que gostam de usar o cabelo de um jeito mais natural.

    E do Brasil, o que você conheceu?

    Conheci pouca coisa, vim duas vezes, mas só conheci alguns restaurantes e dois hotéis [risos]. Minhas passagens foram rápidas, mas aqui há uma das minhas coisas favoritas no mundo: caipirinhas [risos]. Eu amo. Também amo a comida aqui e sempre acho que São Paulo e o Brasil em geral, do pouco que vi, acho parecido com a Espanha. As pessoas são muito diretas, não ficam com bobagem. Não é uma coisa tangível, é uma vibração. As pessoas aqui são quentes.

    E na questão do mercado? Trabalhando numa empresa global qual diferença você vê entre o Brasil e um país como o Canadá, por exemplo?

    Esqueça o Canadá, pense em Brasil versus Coreia ou Japão. Temos o produto espalhados pelo mundo inteiro e eu vou a todos os países onde estamos. Uma das minhas maiores surpresas foi ir à Coreia, pensei “elas têm o cabelo superliso lá, para que elas querem o Moroccanoil?” e descobri que elas gostam de fazer tratamentos como clarear os cabelos e muito permanente! Cada país tem suas características e eu aprendo coisas novas. Em cada país eu aprendo algo e vou derrubando os preconceitos. E no fim, consumidores são consumidores; mulheres são mulheres; homens são homens. Todos somos movidos pelas mesmas emoções, queremos parecer bem, ficar bem e nos sentirmos bem. Uns podem se expressar mais que os outros, mas no fim é a mesma coisa.

    Quais são suas memórias mais inesquecíveis, que histórias marcantes você tem para contar desses cinco anos em seu trabalho?

    Eu precisaria de uma semana inteira para te contar as histórias malucas que acontecem [risos]. Mas tem uma que foi incrível, a primeira festa de celebridades em que estive. Foi em Los Angeles, e havia um monte de celebridades como Salma Hayek e Deborah Messing. Comprei um terno novo, fui de limusine e estava lá aquele monte de paparazzi na porta. Eu pensei que eu tinha que falar algo ali, eu estava representando Moroccanoil, cheguei, tive que correr atrás de um drink e quando comecei a falar que eu trabalhava com o Moroccanoil todas as celebridades vinham falar comigo “adoro Moroccanoil!”, fui a celebridade da noite [risos]. Também fiz bastidores do Oscar, o Grammy… Eu mal posso acreditar.

    As celebridades gostarem e indicarem o produto ajuda a impulsionar o sucesso dos produtos?

    Tremendamente. Como qualquer coisa, se você tem uma celebridade falando sobre aquilo, a coisa vai crescer bastante. Mas no fim das contas, a famosa também é uma consumidora, que só vai falar bem de uma coisa que ela usou e gostou. Nós não as pagamos para falar bem dos nossos produtos, elas falam de um jeito espontâneo, porque usaram e gostaram.

    Como você resumiria o Moroccanoil para quem não conhece o produto?

    Eu falaria que ele é definido pela simplicidade, pela performance. É algo que realmente transforma o jeito como você se sente. Você tem o direito de querer ficar mais bonita, de tratar bem seu cabelo. Você se sente bem com seus cabelos usando os produtos. É um produto simples que funciona.

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