Julia Restoin-Roitfeld em seu aniversário de 30 anos, com a mãe, Carine ©Reprodução
Muito se falou sobre Carine Roitfeld nos últimos meses, quando foi anunciado que a poderosa editora da “Vogue” francesa deixaria o seu cargo na revista para se dedicar a “projetos pessoais”. Ela, porém, não foi a única detentora do sobrenome Roitfeld a ganhar destaque na mídia recentemente; sua filha Julia Restoin-Roitfeld também tem recebido especial espaço sob os holofotes – o que não é pouca coisa, considerando-se que ela nunca foi exatamente uma desconhecida.
Um bom termômetro dessa recente popularidade? As campanhas e ações de merchandising que Julia tem acumulado. Em quatro meses, a designer estreou como o rosto da Lancôme, anunciou que está trabalhando na criação de sua própria fragrância e, aqui no Brasil, foi escolhida para ser a garota-propaganda da coleção Cris Barros para Riachuelo.
E o que é que essa francesa tem? A reportagem publicada no dia 9 de março no “Telegraph” tenta explicar esse appeal com uma pequena ajuda de… Tom Ford: “Eu conheço a Julia desde que ela era uma pequena garota e é maravilhoso ver a notável jovem mulher que ela se tornou. Ela não só é muito bonita, como é talentosa, tem boas maneiras e é incrivelmente profissional”, o estilista afirma, completando a sessão de elogios descrevendo-a como “exatamente o que a beleza é para mim”.
Na reportagem, além de se encolher de vergonha diante do depoimento de Ford, ela faz comentários sobre o estilista, sobre sua família e sobre estilo pessoal; veja alguns trechos:
Sobre como foi convidada por Tom Ford para se tornar o rosto da fragrância Black Orchid, em 2006: “Quando eu recebi a ligação, foi tipo “Oi Julia, é o Tom”, e era uma voz muito sedutora. Mas eu estava tipo “Tom? Quem Tom?””. Era ninguém menos do que Tom Ford – que durante seus anos de Gucci teve firme parceria com Carine Roitfeld – convidando a então universitária para estrelar a campanha de seu novo perfume. “Ele disse, ‘Se for ok para você’, e eu falei ‘Claro que é ok para mim!’”.
Sobre sua participação no “desfile secreto” de Tom Ford em setembro de 2010: “Foi incrível ser parte de um projeto tão especial e particular, com todas aquelas mulheres fabulosas – Marisa Berenson e Lauren Hutton – eu só queria ser parecida com elas – tão chiques e elegantes e sexy”. Sobre Beyoncé, ela fala: “Ela foi um doce – muito legal. (…) Ela disse: “Meu Deus, estou tão nervosa”, e eu: “Você está brincando? Você? Nervosa? Ela é uma mulher realmente pé-no-chão””.
Sobre sua criação e a relação com a mãe, Carine Roitfeld: “Meus pais eram estritos com a escola, estritos com notas. Eu tive aulas de piano, de equitação, de dança. E minha mãe era muito envolvida. Ela nos levava para a aula de equitação todo domingo às cinco da manhã. Eu lembro que ela nos buscava na escola e ela sempre teve carros vermelhos – um Beetle antigo, depois um Alfa Romeo. Então, sim, ela era uma mãe bem cool”.
Sobre moda: “A moda ainda não mudou o suficiente. Ainda há muito esse estereótipo de beleza. Seria mais inspirador ter um tipo de diferente de mulher – ver a moda em mulheres não em meninas jovens”.
Sobre seu estilo e a possível pressão para ela se arrumar de uma determinada maneira: “As pessoas já me escolheram pela maneira que eu sou. Por que eu iria querer mudar se está dando certo? Quer dizer, claro que se eu sei que vou à praia, eu vou querer estar no meu melhor e perder meio quilo ou um quilo, mas… você tem que permanecer como você mesmo. É mais uma questão de me sentir bem comigo mesma, na verdade”.
Veja na galeria uma seleção de imagens e campanhas de Julia Restoin-Roitfeld: