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    #NYFW Verão 2011: Marc Jacobs
    #NYFW Verão 2011: Marc Jacobs
    POR Redação

    2011/10/2980_marc-jacobs

    Não foi uma de suas melhores coleções. Nem foi uma daquelas provocativas ou reflexivas como em temporadas passadas. Como Suzy Menkes escreveu em sua crítica no jornal “International Herald Tribune”: foi menos ainda um daquelas em que a emoção do novo se fez presente. Mas também, quem consegue isso hoje em dia, não é mesmo?

    Sem dúvida alguma foi uma coleção desejável. Divertida e extremamente bonita, com roupas recuperando um certo glamour hedonista há tempos esquecido pelos círculos da moda e por suas consumidoras mais fiéis. Quase como uma ode nostálgica ao modo como as mulheres se vestiam nos idos anos 70 _década que vem influenciando a moda, porém que parece estar atingido seu auge nesta temporada. Pense em Jodie Foster em “Taxi Driver”, Jerry Hall, Marisa Berenson, Loulou de la Falaise e até em Diane Von Furstenberg enquanto habitué do Studio 54, e a imagem é bem próxima. Talvez até próxima demais.

    O problema, ou dilema que surgiu com esta coleção em que Marc Jacobs alongou novamente as saias, ampliou a modelagem de suas calças de cintura alta e deu vida aos modelos com cores que passavam pelo rosa, dourado, ocre e um amarelo queimado, é a literalidade como suas referências foram abordadas.

    Em seu texto, Suzy Menkes elenca uma série de fatores que devem ter influenciado Marc Jacobs nessa coleção, de Chanel a Yves Saint Laurent, passando pelas artes decorativas vistas nos tricôs em zigue-zague à la Missoni. Menkes ainda nota como os samples passaram a ser aceitos (e resolvidos) na música (alguém vai acusar Madonna de ter copiado o Abba em “Hung Up”?), como pastiche de referências (e cenas) no cinema se tornou quase que um gênero em si próprio e fala que na moda não é diferente. Porém, como o problema do esvaziamento de emoções, “sem o choque de novo”.

    O fato é que tudo isso é sintoma de um quadro muito maior. Reflexo de uma sociedade e de um sistema de moda que se tornou _em grande parte, devido a velocidade excessiva dessa indústria_ muito mais baseado na reciclagem do que em inovações e rupturas. Talvez então, não seja de todo justo, ou melhor, não faça mais tanta importância ou sentido apontar cópias e referências explícitas como uma falha de tamanha gravidade.

    De fato as referências foram um tanto literais e não mostram muita evolução ou profundidade sobre os temas abordados. Mas, ainda assim, a coleção tem seu valor. Com suas formas amplas, cores vivas traz de volta uma certa diversão para moda. As pantalonas, os blazeres acetinados, os vestidos coloridos e sensualmente esvoaçantes, são quase como uma lembrança de que “se montar”, não precisa ser algo complexo como um look Lady Gaga. Pode ser algo simples, possível e divertido, ao mesmo tempo que glamouroso. E quando comparada com a anterior, mostra-se também como uma perfeita evolução.

    + Veja o desfile completo

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