A GIG Couture foi uma doce surpresa desta edição do SPFW. A marca mineira, especializada em tricô, tem bons motivos para comemorar: o aniversário de 10 anos de marca e sua estreia no evento. No camarim, pouco antes do desfile, a estilista Gina Guerra estava com semblante calmo e atendia a todos os pedidos de entrevista com tranquilidade. Na verdade, o frio na barriga se deu quando ela aceitou desfilar no SPFW. Hoje, com tudo pronto e uma bela coleção nas araras, não havia motivo para se preocupar. “Tudo na GIG é bem pensado e acontece no tempo certo. Agora temos a estrutura adequada para dar esse passo e atender ao mercado”. Para esta coleção, Gina foi ao Uzbequistão; ela adora passear por lugares menos explorados. Além de acampar com os nômades, ela se encantou com as mesquitas, as cerâmicas e as tapeçarias, com toda sua riqueza de detalhes. As cores e as padronagens locais estão claramente na coleção, mas não de forma literal e sim, mais gráfica. Toda a coleção é formada por tricô, hiper bem executado e repleto de cores e estampas, que ganham movimento através dos efeitos das tramas. A combinação de cores em desenhos gráficos é o ponto alto, assim como as novas texturas conquistadas por uma máquina novíssima (já usada por marcas como Prada e Dior), que faz tapeçaria na textura do tricô, possibilitando novos acabamentos, como o maxi casaco com desenhos de lá em alto relevo (look e, em Daiane) e os fios flutuantes (look 26, em Thairine). E vale destacar a bolsinha-saco com o perfume étnico do momento, uma graciosidade que já entrou na nossa lista de desejos para o inverno.
Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite
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