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    Teoria das Cores
    Teoria das Cores
    POR Redação

    O que seriam dos filmes de Pedro Almodóvar sem as fortes cores com as quais o diretor compõem suas cenas? Seriam suas personagens tão emocionalmente intensas sem aqueles vermelhos dramáticos em seus figurinos? E suas narrativas _e imagens cinematográficas_ seriam tão passionais e carregadas de sentimento sem todo aquele colorismo kitsch?

    Se no cinema, assim como na arte e na publicidade, as cores exercem extrema importância na comunicação visual de qualquer elemento que seja, assim é também na moda. Então, quando para o verão 2011 estilistas quiseram falar de um certo otimismo, nada mais natural do que usar as cores para comunicar toda essa vibe “feel good”.

    2011/10/4732_alexandreAlexandre Herchcovitch verão 2011 © Agência Fotosite

    O movimento começou cedo e ainda em solo nacional. Alexandre Herchcovitch, ao olhar para o expressionismo abstrato se fez colorista. Trabalhou forma, corte, modelagem, proporção e materiais sempre a serviço das cores. São essas, em variadas tonalidade que mandam e desmandam na coleção. São para elas que estruturas se armam e desarmam. Concebida para e a partir das cores. Abstrata e expressionistas, tendo como acessórios toda emoção e sentimento que emanam de cada cominação cromática.

    Depois na temporada masculina foi a fez de Raf Simons na Jil Sander, onde combinações das mais inusitadas dava toque quase que elétrico às roupas de modelagem simples e imagem limpa. A partir de então, as cores se mostraram como antídoto perfeito a monotonia minimalista que vinha dominando as duas últimas temporadas.

    Ainda que dominadas por uma certa limpeza visual, estilistas dos mais variados estilo fizeram amplo uso de tonalidades vibrantes para dar mais vida as suas coleções. Talvez Miuccia Prada seja o melhor exemplo com seu barroco tropicalista. São elas _as cores_ que dão emoção às formas e modelagens simples. São elas que estabelecem conexões (das mais diversas) no imaginário de cada um. São elas que dão vida às roupas dessa coleção. São elas que enchem de bom-humor o verão 2011 da Prada. E assim também acontece com as coleções da Jil Sander, Marni, Gucci e tantas outras.

    2011/10/4733_pradaPrada verão 2011 © firstVIEW

    As cores têm vida em si mesma. Sempre atraíram e causaram predileção no ser humano de acordo com fatores de civilização, evolução do gosto e especialmente pelas influências e diretrizes sócio-culturais. Na artes-plásticas, na arquitetura, na moda, no cinema, na fotografia, no design e na publicidade, é geradora de emoções e sensações.

    Quando, no início da década de 30, Herber Kalmus criou o tecnicolor, tornando a cor em mais um elemento artístico de um filme, alguns produtores revelaram-se pouco receptivos à técnica. Temiam que a nova paleta cromática atrapalhasse a atenção dos espectadores quanto à interpretação dos atores e ao desenrolar da história.

    Porém, a partir deste momento, os filmes passaram a transmitir novos sentimentos, permitindo o desenvolvimento de ambientes visualmente mais ricos e tornando a composição de cena tão importante quanto a atuação. Em 1964, Michelangelo Antonioni, com seu “O Deserto Vermelho”, pintou áreas inteiras para que a fotografia de Carlo Di Palma pudesse expressar um ambiente industrial desolado, uma natureza morta de onde as cores naturais foram expulsas.

    No expressionismo abstrato foi essencial para transmissão de sentimentos. Em Jackson Pollock, Mark Rothko e Barnet Newman, formas e explosão cromáticas falam mais alto do que qualquer imagem concreta.

    Na publicidade, as cores são item indispensável para uma real conexão e comunicação visual. O logo amarelo do Mcdonalds dispensa qualquer outra explicação.

    Na moda, as cores sempre foram fundamentais para construção da imagem. Personalidades, sentimentos, memórias e emoções construídas a partir de composições cromáticas. Christian Dior e o clássico cinza. Valentino e o intenso vermelho. Chanel e sofisticado preto.

    Significados distintos em culturas diferentes, as cores enquanto elementos perceptivos e não algo material, têm diversas e profundas implicações psicológicas. Sua percepção pode desencadear uma série de sensações. enxurradas de emoções que variam de acordo com a cultura e memória de cada um.

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