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    Rugas de Kate Moss causam espanto na comunidade do Instagram
    Rugas de Kate Moss causam espanto na comunidade do Instagram
    POR Camila Yahn
    kate moss

    Kate Moss no aniversário de Mario Testino, fotografada por Suzy Menkes ©Reprodução Instagram

    Tudo começou com um post no perfil do FFW no Instagram. A foto mostrava Kate Moss, clicada por Suzy Menkes, durante a festa de aniversário de 60 anos de Mario Testino.

    Diante de toda a sua sensualidade, Kate fez o estilo femme fatale à moda das estrelas antigas de cinema, com um belo vestido cereja decotado, bocão vermelho e cabelo meio “old Hollywood”.

    Kate está aí há mais de 20 anos, top of the pops e quantas vezes nos lembramos de ter achado ela feia durante todo esse tempo? Certamente, antes de ser uma super modelo, super estilosa, super rebel chic, super tudo, ela é uma mulher e como tal também está à mercê de ângulos e momentos não muito favoráveis. Mas sério, assim rápido, de cabeça, não me lembro de ter pensado: “nossa, como ela tá feia/estranha nessa foto”.

    Até esta manhã. Mas o primeiro pensamento não foi “feia”, e sim: “como ela envelheceu”. Em seguida, tratei de cortar essa ideia pela raiz. Kate é uma mulher de 40 anos, como não deveria ter alguma ruga?

    Ok, vamos combinar que a luz da foto é tão ruim que não favorece nem a mais linda das super modelos. Mas parte da graça do Instagram é também registrar momentos que são bacanas não só pela estética inspiracional da imagem, mas pelo ineditismo, pela situação, pelo personagem em questão. Mas meu primeiro pensamento impulsivo ganhou ecos nos mais de 50 comentários deixados no post, a maioria condenando suas rugas. Na conta de Menkes, mais de 100 comentários tipo: “como ela fica diferente sem photoshop!”, “parece que tem 60 anos”, “OMG!”, “ela parece velha” e por aí vai. Por que nós somos tão cruéis? Qual, ainda, é a dificuldade de aceitar a passagem do tempo? Por que a mulher não pode ser considerada bonita após os 30 anos? Vamos combinar que no caso de uma modelo ou de uma estrela pop, a cobrança é mortal. Realmente a fofa tem que ter a autoestima muito trabalhada para não pirar. Pirar no botox, pirar nas cirurgias cosméticas, pirar no jeito de se vestir como sua filha de 15 anos, pirar nas loucurinhas todas.

    Ao longo de sua carreira, nos acostumamos com uma imagem eternamente fresca e impecável de Kate, o símbolo da juventude, da contemporaneidade, do estilo sem esforços. Cortesia das técnicas de photoshop que nos fizeram acreditar que a mulher é de fato assim. Tem essa pele lisinha e angelical aos 20, aos 30, aos 40, aos 50… O mundo da moda nem sempre é gentil com a mulher, apesar de depender tanto dela. Mas o que acontece é que nós nos atraímos pelo o que é belo e, mesmo sem querer, fortalecemos essa ditadura da beleza e nos vemos suspirando com os anúncios, filmes, videoclipes e matérias em que tops, Madonnas, Julias e Beyoncés aparecem divinamente lindas. Gente, é tudo mentira, vocês sabem, né? Elas são lindas sim. Mas não podem vencer o tempo. As mais espertas viram suas aliadas e acham maneiras mais humanas de se cuidar em vez de negar ou recusar as transformações naturais que, querendo ou não, fazem parte do nosso processo de vida. Ou legal é a Renée Zellweger, que apareceu desconfigurada dia desses?

    Sou muito mais a Brigitte Bardot, um dos maiores símbolos sexuais da história, que, aos 80 anos, mostra-se uma mulher forte com aceitação plena na hora de se olhar no espelho. Ela convive bem com o que já foi – e ser bela como BB não tá fácil – sem amargura pelo que já não é mais.

    Do alto dos meus quase 40 anos, estou contigo, Kate. Para mim, cada sinal em seu rosto mostra o quanto você se divertiu (e diverte-se ainda), o quanto acompanhou Lou Reed e outros grandes pelos wild sides da vida e o quanto sua beleza atemporal continua atravessando e encantando gerações. A não aceitação só traz decepção e a sensação de que estamos sempre em débito com nós mesmas. Kate é rainha e isso está dentro dela e não na ilusão da juventude eterna. #somostodasrainhas

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