FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Resort, Cruise, Pré-verão – as coleções de meia estação vieram para ficar
    Resort, Cruise, Pré-verão – as coleções de meia estação vieram para ficar
    POR Redação

    Enquanto vivíamos trancafiados na caixa de concreto que Niemeyer chamou de Bienal (afinal era tempo de SPFW), em Nova York cerca de 75 desfiles enchiam as agendas de editores e compradores. Quase como um terceira temporada de moda, as coleções de resort (ou cruise ou pré-verão) chamaram atenção como jamais conseguiram antes.

    Antes destinadas apenas a uma pequena (rica) parcela dos consumidores – aqueles que realmente precisavam de trajes especiais para suas férias em balneários e iates –, hoje o resort já é parte essencial do mercado de moda.

    2011/10/2114_proenza-cruise-2011Pré-verão 2011 Proenza Schouler ©Reprodução

    Sua imagem simples e design descomplicado podiam antes desagradar alguns eruditos da indústria. Porém, para seu público alvo pouco importa se as pregas chatas, as costuras aparentes e cortes cirúrgicos do pré-verão 2011 da Calvin Klein mantém alguma relação com a moda minimalista e geométrica do inverno 2010 – o que importa para o consumidor final é que são roupas usáveis.

    “Resort é sobre roupas reais para nossos amigos. Todos foram longe demais na fantasia e nós perdemos o público. Há algo sobre a realidade que parece fresco agora”, explicaram ao Style.com os estilistas Lazaro Hernandez e Jack McCollough (Proenza Schouler), enquanto falavam de sua coleção resort extremamente urbana, porém repleta de elementos étnicos importados da Índia.

    2011/10/2112_lanvin-cruise-2011Vestido dupla face da Lanvin ©Reprodução

    Para Alber Elbaz, estilista da Lanvin que mostrou um pré-verão repleto de best sellers simplificados de temporadas passadas – incluindo um incrível vestido dupla-face que ia de uma sofisticado tubinho preto para um com frente coberta por babados cinzas – “uma pré-coleção não é sobre uma imagem ou direção. É sobre a mulher, o desejo, a necessidade”.

    As resort collections carregam, então, uma simplicidade essencial para o sucesso de vendas. Donatella Versace, por exemplo, reduziu toda a energia e sensualidade de seu pré-verão sessentinha às cores vibrantes da pop art em vestidos curtos, próximos ao corpo, decorados com pontinhos pretos tipo Roy Lichtenstein.

    2011/10/2111_celine-e-givenchy-cruise-2011Da esquerda para direita, looks do pré-verão 2011 da Céline e Givenchy ©Reprodução

    Riccardo Tisci, na Givenchy, utilizou essa meia estação para reafirmar alguns clássicos da marca sob seu comando. Blazeres acinturados com ombros marcados, calças com ganchos baixos e todo um rico trabalho com rendas falam da essência romântica-gótica-cristã do estilista – sempre em preto, branco ou um denso vermelho.

    Phoebe Philo, na Céline, reforça seu conceito de roupas práticas e sofisticada com reedições de peças-chaves de coleções passadas. A saia de cintura alta evasê, o vestido preto em couro (ou com recortes) e as calças amplas, todas aparecem revisitadas em seu pré-verão que ainda ganhou maxi-bolsas e uma versão em amarelo fluorescente.

    Com caráter transitório, as coleções de resort funcionam também como termômetro para o que vai de fato pegar entre os consumidores. Carregam o melhor do verão 2010, e o que promete ser hit do inverno 2010. Ou seja, misturam o tribalismo e florais vibrantes das coleções que já chegaram às lojas com o clima 1970s e um certo utilitarismo chique. E o resultado é mais ou menos o que se viu em muitas coleções.

    2011/10/2115_stella-e-balenciaga-cruise-2011Vestido Stella McCartney e terninho Balenciaga ©Reprodução

    Philip Lim foi um dos que melhor conjugou tudo isso. De seu inverno 2010, trouxe o clima boho com ótimos terninhos tipo Bianca Jagger que já prometem ser sucesso de vendas quando a coleção chegar às lojas em novembro. Stefano Pilati, por sua vez, misturou o clima setentinha que imprimiu sobre a Yves Saint Laurent no verão 2010 com suas capas protetoras deste inverno. Na Balenciaga, Nicolas Ghesquière retrabalhou sua cartela de cores do verão, junto com seus recorrentes uniformes futurista, ao lado de um leve clima boêmio bem peculiar. Enquanto Stella McCartney misturou suas rendas do verão com a alfaiataria levemente estruturada do último desfile.

    São essas coleções que ficam mais tempo na loja – e com preço cheio. Em tese mais simples, elas permitem uma agilidade maior de produção e entrega, podendo atender melhor atendendo aos desejos de consumo quase que instantâneos ou àqueles mais atemporais.

    Não deixe de ver
    Alessandro Michelle está indo para a Valentino: marca confirma novo diretor criativo
    Moda e comida estão cada vez mais juntas
    Os tênis de corrida preferidos de quem pratica o esporte – e dos fãs da peça em si
    Evento da Nike x Survival na Guadalupe Store termina em confusão e feridos
    Está todo mundo correndo? Como a corrida se tornou o esporte que mais atrai praticantes
    Lollapalooza 2024: os looks dos artistas
    Hailey Bieber na nova campanha da Fila, a possível venda da Rare Beauty, de Selena Gomez, a mudança do nome do tênis Vert no Brasil e muito mais
    Pierpaolo Piccioli está de saída da Valentino
    O estilo de Olivia Rodrigo: De garotinha a alt-punk
    Os looks de festival de Kate Moss para se inspirar