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    Pensata da Palô #28: Dez coisinhas sobre a temporada de Paris
    Pensata da Palô #28: Dez coisinhas sobre a temporada de Paris
    POR Camila Yahn

    via @ErikaPalomino

    Seguem alguns “penchamentos” que queria dividir aqui com vocês sobre a temporada de verão 2011 de Paris. Do que, por algum motivo, gostei.

    1. Balenciaga
    Que coisa faz o Nicolas Ghesquière a cada temporada com a gente, não? Sou meio deslumbradinha por ele, confesso (bom, eu e a torcida do Flamengo, como se diz no Rio). Agora ainda mais, porque ele mostrou peças e valores que têm bastante a ver com minhas vontades atuais. Punk, atitude de rua, garotas invocadas, plásticos, texturas, layers inventivos… Gosto do leve toque pauperista Comme des Garçons também (ando gostando de um mendiguismo).

    2. YSL
    Chique, moderno. Lapidado. A Cathy Horyn disse que Stefano Pilatti não desenvolveu seu estilo; uma marca própria na casa. A coleção é desejável e o desfile vem cheio de energia. Na temporada em que o nome Yves Saint Laurent é mais falado do que merci beaucoup pelos fashionistas (a exposição, você sabe), Pilatti não fez feio, não. E não é cool a imagem dele entrando pra agradecer mostrando os braços tatuados? Sexy. Updated. Sem mofo. E bem YSL.

    3. Chanel
    Também veio com um mendiguismo no começo, né? Mas chique, claro. E Chanel. Bom, com a grandiosidade armada pela marca, claro que todo mundo amou ver o desfile. Gosto das plumas, do preto e branco, adoro quando entram as cores (apesar de não gostar das estampas). E como KL consegue fazer aquilo jovem, não? E bom mesmo ver Inès de La Fressange de volta à maison. A palavra aqui é desempertigado. Coisa difícil quando se tem uma herança como a de Chanel. Mas bem que Lagerfeld podia não mostrar o masculino.

    4. Miu Miu
    Tão esquisito que se destaca. E quem está desenhando? Parece um encontro de Marcelo Sommer com Giselle Nasser. As estrelas são bonitas, as cores, os arabescos… Tem moda, tem um senso de “nowness” que me intriga, mas algo me parece fora do lugar.

    5. Lanvin
    Alber Elbaz, o estilista mais FOFO do mundo, deu uma chacoalhada em seu design. Não é minha coleção favorita dele, mas tem fundamentos fortes. Leveza, movimento, a coisa dos plissados, o controle. E tem roupas que realmente você tem vontade de comprar. Eu tenho, ao menos. Quem tiver oportunidade de viajar e ver as lojas da marca deve conferir o que eles andam fazendo em termos de experiência de marca e de varejo. Tipo um luxury que não intimida. Tanto.

    6. Haider Ackermann + Rick Owens
    Ainda na tendência drama, taí um estilista que vem crescendo a cada temporada. Desconstrução, moda conceitual, feminilidade, masculinidade… Uso sábio e sóbrio das cores, lindos neutros. E o look de abertura, um remix de perfecto de tirar o fôlego. Bom contraponto, sempre, para outro nome outsider da temporada parisiense, Rick Owens (outsider porque segue suas vontades, mesmo que na contramão das tais tendências). Há quem se queixe que ele faz sempre a mesma coisa, mas eu me interesso muito por ele. A novidade de seu verão está num inédito otimismo, na maior leveza de sua roupa sempre tão intelectualizada. Lindo.

    7. Céline
    Um dos cases da estação, com seu frescor descomplicado impresso com a feminilidade e a mão de Phoebe Philo (ela está fazendo exatamente o que era para ser feito agora, na marca que parecia não ter mais salvação). Prepare-se para ver essas roupas copiadas sem dó nem piedade por aí. Bingo três vezes.

    8. Stella McCartney
    Coloque neste combo Stella McCartney, com menos acertos, mas que consegue bons momentos na  onda da simplicidade e do nem-aí. Vai ser reproduzida à vera também. Gosto dos basics, da ideia dos índigos, e principalmente nos terninhos com suaves variações de tons pastel, mas acho a estamparia de limões uma bobagem. As fendas nas coxas podem ficar vulgares, mas sabe que no vestido longo de limão funciona?

    9. Cacharel
    A comunidade da moda está dando um apoio para o estilista Cédric Charlier, que acerta também nesse caminho do descomplicado, essa tendência meio nada. Com ênfase nos detalhes, o minimalismo romântico, esses bordões da estação. Lindas cores e proporções corretinhas. E olho nele.

    10. Isabel Marant
    Você sabe, né? É a marca de que as modelos mais gostam, que deixou de ser o best kept secret de Paris e abriu uma loja em Nova York. Por conta desse novo apelo de varejo, ela veio um pouco mais comercial do que de costume, mas me interessa a nonchalance e a atitude (é, a palavra retornou ao vocabulário da moda). Observe como a silhueta vem bem justa ao corpo nos tubinhos, provando a diversidade da moda hoje. E note que sua “inspiração” é a mesma que de Rick Owens: a Califórnia. Waal.

    beijos fashionísticos

    Palô

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