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    O que queremos?
    O que queremos?
    POR Redação

    2011/10/806_blog_ffw

    Estou um pouco confuso… Não sei bem o que esperar dessa temporada de desfiles internacionais que está para começar no próximo dia 11 com a New York Fashion Week.

    Quais são os reais desejos de moda que vão movimentar o mercado? O que fará sentido em nossas vidas nessa segunda década de século 21? O que vai se destacar mais nas passarelas do planeta fashion: criatividade explosiva ou extrema adequação às reais necessidades dos consumidores de moda?

    Alguém aí sabe a resposta para alguma dessas perguntas? Porque, sinceramente, eu ainda não consegui chegar a nenhuma conclusão precisa. Já aqui, durante o Fashion Rio e SPFW, vimos uma divisão até que bem definida entre as marcas que se aventuraram por delírios fashion com imagens cheias de força, e uma atenção maior ao lado comercial.

    Por mais instigante e inspirador que seja assistir a apresentações inventivas, cheias de criatividade, será que ainda há espaço para uma moda conceitual ou extravagante em nossas vidas – pelo menos nos dias de hoje? E se não há, então não seriam essas coleções de imagens marcantes ideais para quebrar o padrão?

    2011/10/808_phoebe_philoNão sei bem porque, mas cada vez mais, e desde a última temporada de verão 2010, foram justamente as roupas e coleções de visuais mais simples, quase minimalistas que me chamaram mais atenção. Roupas fáceis de usar, prontas para vida real, dotadas de imensa versatilidade e praticidade adaptáveis ao dia-a-dia do consumidor comum e em diversas situações. Não aquele mar de cocktail dresses e roupas para noite que dominaram a última temporada como se vivêssemos numa festa sem fim.

    Roupas que você bate o olho e vê que ali foram empregados reais valores de design, tecidos de qualidade, bom acabamento e que apesar de aparentemente simples, trazem cortes, proporções e modelagens atuais, que parece, perfeitamente corretos para os dias de hoje.

    Ok, elas não são lá bem o que se entende por inventivas e pode até ser meio contraditório, já que a priori não trazem a novidade que a moda tanto busca. Mas e se essa simplicidade funcional for a novidade? E se essa ausência de extravagância, essa moda discreta e silenciosa for o novo da vez?

    Lembro que adorei a coleção de verão 2010 de Viktor & Rolf. Junto com a do Alexander McQueen foi um dos poucos respiros fashion da temporada. Imagem poderosa, trabalho técnico apurado e conceito super bem amarrado. Mas como isso se relaciona com as nossas vidas? Alguém viu algum daqueles vestidos incríveis fora das passarelas e editoriais de revistas (não estou contando os tapetes vermelhos, tá?). Alguém se imagina em alguma daquelas peças fora de festas e ocasiões sofisticadas e que permitam (ou exigiam) um dress code mais ousado?

    Enquanto isso, coleções como a da Chloé, da Celine e boa parte das de pre-fall 2010, como Gucci, Balenciaga e Prada, se mostram muito mais próximas da realidade do consumidor. E aí que fica minha pergunta: Sou super a favor de toda aquela explosão criativa dos desfiles mais conceituais, mas será tudo aquilo em vão? Para onde vai toda aquela técnica, todo aquele pensamento traduzido em imagens de moda? Sim, eles inspiram, mas cada vez mais me parecem mais distantes do que realmente queremos no nosso guarda-roupa e dia-a-dia.

    Durante o fim de semana acabei discutindo esse mesmo assunto com a Fernanda Resende, da Oficina de Estilo e achei válido colocar aqui algumas conclusões que chegamos:
    A Fernanda disse que “ee a gente se satisfaz com o “mais comum”, se deixa pra lá o “extravagante” (mesmo que só como referência!), fic amais difícil evoluir – tanto na forma de vestir, nas referências pessoais, quanto no exercício de ‘olhar fashion’, sabe? então eu ainda espero ver algumas viagens, uns vitkor&rolfs da vida, mesmo tando interessada de verdade nas roupas mais fáceis.”
    E eu acabei concordando. Sem essa loucura a evolução fica de fato mais difícil e lenta. Eu só acredito que hoje em dia a viagem por si só não dá mais conta de inspirar ou servir como referência. Acredito que mesmo na mais maluca das viagens é preciso ter ainda algum traço ou elemento que relacione toda aquela imagem rica em informação de moda com a nossa realidade. É aí que está a diferença. Muito mais do que naquele equilíbrio entre o comercial e conceitual que a gente sabe ser tão importante para um bom produto de moda.
    Antes um look absurdo já se bastava. Uma imagem poderosa dava conta de causar impacto pela sua pura extravagância e exuberância. Hoje não é tão simples assim. Talvez a gente tenha ficado cansado de loucuras fashion sem motivo ou vazias de sentido. Ou nosso olhar simplesmente evoluiu, buscando sempre alguma explicação ou conexão que valide ou torne de alguma maneira (até mesmo inspiracional) tudo aquilo um sonho possível.

    + Atualização: Durante o fim de semana acabei discutindo esse mesmo assunto com a Fernanda Resende, da Oficina de Estilo e achei válido colocar aqui algumas conclusões que chegamos:

    A Fernanda disse que “se a gente se satisfaz com o “mais comum”, se deixa pra lá o “extravagante” (mesmo que só como referência!), fic amais difícil evoluir – tanto na forma de vestir, nas referências pessoais, quanto no exercício de ‘olhar fashion’, sabe? então eu ainda espero ver algumas viagens, uns vitkor&rolfs da vida, mesmo tando interessada de verdade nas roupas mais fáceis.”

    E eu acabei concordando. Sem essa loucura a evolução fica de fato mais difícil e lenta. Eu só acredito que hoje em dia a viagem por si só não dá mais conta de inspirar ou servir como referência. Acredito que mesmo na mais maluca das viagens é preciso ter ainda algum traço ou elemento que relacione toda aquela imagem rica em informação de moda com a nossa realidade. É aí que está a diferença. Muito mais do que naquele equilíbrio entre o comercial e conceitual que a gente sabe ser tão importante para um bom produto de moda.

    Antes um look absurdo já se bastava. Uma imagem poderosa dava conta de causar impacto pela sua pura extravagância e exuberância. Hoje não é tão simples assim. Talvez a gente tenha ficado cansado de loucuras fashion sem motivo ou vazias de sentido. Ou nosso olhar simplesmente evoluiu, buscando sempre alguma explicação ou conexão que valide ou torne de alguma maneira (até mesmo inspiracional) tudo aquilo um sonho possível.

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