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    DIRETO DE PARIS: Gareth Pugh, Balmain, Patrick Demarchelier e +!
    DIRETO DE PARIS: Gareth Pugh, Balmain, Patrick Demarchelier e +!
    POR Redação

    – Você percebe que está em época de desfile em Paris quando no meio do seu almoço dá de cara com um Patrick Demarchelier recém saído do desfile da Balmain, caminhando cabisbaixo pela rua, de braços cruzados com seu casaco verde militar como quem vai ali na banca de esquina comprar um cigarro e já volta. Será que o verão 2011 de Christophe Decarnin foi tão desastroso assim?

    – Dizer que Paris respira moda é que nem falar que o Rio de Janeiro tem gente de biquíni. Ainda assim, não tem como reparar na relação toda especial que a cidade _e seus habitantes_ tem com a moda. Seja nos quinze mil e mais não sei quantos jeitos de amarrar o foulard no pescoço, seja nos quase onipresentes saltos altos, nos chapéus que os homens usam pelas ruas, na bota de cano alto da menina andando de bicicleta ou até mesmo na atenção às vontades do momento como a jaqueta aviador _com aparência de resgatada do armário_ que uma senhora de uns 50 e poucos anos escolheu para ir comprar flores.

    – Mas e os desfiles, hein? Na verdade ainda não tivemos tempo de ver ao vivo nenhum dos que aconteceram até agora _aquela coisa de chegar de viagem, desarrumar a mala, comer etc. Assim sendo, aí vai uma breve impressão do que rolou até agora:

    – Gareth Pugh… Aquele que já foi chamado de “o novo enfant terrible”, mas que hoje nem é mais tão terrible assim. Já faz algumas temporadas que o estilista britânico vem lapidando seu estilo gótico-underground em busca de uma imagem mais sofisticada que para o verão 2011 parece atingir seu ápice. Vestidos-túnica dotados de extrema leveza, ombros levemente marcados, peças com material espelhado traduziam aquela mesma silhueta de sempre, porém trabalhados com muito mais precisão.

    Quase como uma continuação do seu inverno 2010, Pugh também trouxe novamente as calças amplas, só que agora numa modelagem mais desejável _e melhorada_ em tecidos encorpados. Quando combinada com com seus tops estruturados com recortes pontudos, a proporção fica ainda mais interessante.

    Pugh escolheu novamente apresentar sua coleção em vídeo, trazendo _mais uma vez_ aquelas discussões sobre o futuro dos desfiles convencionais com a ascensão da imagem de moda em movimento. Particularmente, acho difícil as apresentações tal como conhecermos desaparecem do mapa. Não tem como substituir a experiência do real pelo imagético. Além da questão tátil (quando se pode de fato tocar nas roupas) e de ver tudo ali de perto, tem também a sensação de estar presente, no calor da emoção, quase como assistir um espetáculo ao vivo. E ok, o vídeo pode carregar um pouco desses sentimentos, e para quem vê de longe é excelente. Porém, não há nada como ver a roupa se movendo bem ali na sua frente.

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    – Teve também a estréia parisiense do estilista turco Hakaan Yildirim _vencedor deste ano do prêmio ANDAM. E talvez pela pressão que criou-se em torno do seu nome desde seu último desfile em fevereiro deste ano, na London Fashion Week, seu debut na capital francesa foi algo bem discreto. Yldirim preferiu não se arriscar muito, atendo-se àquela estética neo-minimalista e super sexy que lhe garantiu espaço no coração de fashionistas de peso como Carine Roitfeld. Uma alfaiataria levemente desestruturada, vestidos colados ao corpo com recortes transparentes e uma cartela de cores bem neutra deram o tom do seu verão 2011.

    Ah, e  seu casting não foi nada além de espetacular (bem provavelmente por ele ter como parceiro na sua grife o Mert Alas, da dupla de fotógrafos Mert & Marcus): Natalia Vodianova, Daria Werbowy, Isabeli Fontana e Shirley Mallmann, só para citar algumas.

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    – E já que a gente falou de Balmain Mais do mesmo. Tá, para dizer que não houve nenhuma mudança, os ombros saíram consideravelmente de cena. Já no inverno 2010 eles haviam perdido um pouco daquela importância. Agora então, voltam quase a sua proporção natural, com jaquetas apenas os marcando no devido lugar. Falando em jaquetas, as deste verão vêm novamente com tachas. A palavra aqui é punk, com um certo glamour. Os escarpins com os jeans justinhos de barras dobrados tinham algo de anos 50, mas ainda com aquela atitude detonada que as consumidoras da marca tanto gostam. Ah, e muito brilho, lavagens desgastadas e rasgos e mais rasgos. Sempre, né?

    – Fica evidente aí como um mesmo tema _ou no mínimo com uma considerável proximidade_ pode ser explorada de diferentes formas. Na Balenciaga, Nicolas Ghesquière usou todo seu aparato tecnológico aliado a estética punk para fazer uma espécie de protesto as imagens femininas hipersexualizadas. Imagens estas que parecem ser a força motora da Balmain.

    – Hoje rolaram também os desfiles do Rick Owens _com saias loooongas e uns drapês incríveis na parte de cima_ e da Ann Demeulemeester que deu uma leve repaginada no visual. Mas disso eu falo com mais calma depois.

    + Leia mais sobre a Paris Fashion Week no FFWBlog

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