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    A moda precisa mesmo de uma lei de propriedade intelectual?
    A moda precisa mesmo de uma lei de propriedade intelectual?
    POR Redação

    Ou será que é justamente a falta desta ou suas versões mais brandas que faz da moda, com todo seu potencial criativo, um dos mais poderosos meios de comunicação em massa?

    Em primeiro lugar é preciso fazer algumas distinções: existe, como dispõe a nova proposta de lei americana, “The Innovative Design Protection and Piracy Prevention Act”, aquela “cópia deliberada e substancialmente idêntica”; e aquela derivada _a qual a partir de uma base, constrói-se algo semelhante, porém com algumas variações funcionais ou mais adequadas a determinada realidade e tempo.

    A grosso modo, não seria inteiramente impreciso afirmar que este segundo tipo de cópia, essa espécie de antropofagia fashion, está na essência da moda contemporânea. Partir de algo do passado para falar do presente. Ou melhor, usar o ontem para criar o hoje. Vivienne Westwood há tempos já dizia que todos os estilistas deviam estudar a história da moda, porque é lá que as melhores ideias ficam armazenadas.

    Na moda, criatividade não sai de uma caixa vazia. Toda evolução e crescimento desta indústria advém daquela criatividade construída a partir de tudo aquilo que a precede. Todo o sistema de moda hoje é baseado nesse fluxo livre de criatividade. Em apropriações e recriações em busca do apuro técnico e estético.

    O modo como a moda é democratizada, a forma como as tendências são estabelecidas, a maneira como algo se torna obsoleto a medida que novos vão surgindo… Tudo isso faz parte de uma cultura em que a falta de uma regulamentação mais severa sobre propriedade intelectual e leis de copyright.

    Legislações mais severas nesse sentido, embora impedissem aquele tipo de cópia literal e condenável, poderiam também acabar estagnando a moda. Em seu livro “Cultura Livre”, o professor de direito da Universidade de Stanford, Lawrence Lessig, advoga que os direitos autorais são usados não só para garantir a propriedade intelectual, mas também para controlar a produção criativa.

    Cópias ou derivações de design de certo modo estimulam a criatividade. Pedem por inovações mais ousadas e cada vez mais elaboradas. Mais ou menos como quando Charlie Parker criou o bepop. Como ele mesmo disse, um ritmo complexo o suficiente para que os músicos não conseguissem copiar.

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